Conheça os segredos da Itzza, rede famosa pelas pizzas sem glúten
Um grupo de amigos toca o negócio, e pretende triplicar o faturamento em 2020 com uma expansão
Sabe aquele amigo do amigo que virou amigo dos amigos? Juntos, eles formaram uma turma cujo plano era abrir uma corretora de seguros, que nunca saiu do papel. Em compensação, Oscar Leite, René Gerin, Fábio Seixas e Augusto Amaral acabaram compondo o quarteto ambicioso à frente da Itzza, pizzaria natureba que prevê triplicar o faturamento em 2020. “Devemos atingir 20 milhões de reais”, arrisca Leite. “Percebemos que ainda dava para inovar no mercado da pizza.”
A sacada do negócio está na massa. Elas dispensam farinha de trigo e são feitas basicamente de vegetais como couve-flor, brócolis, mandioca e batata-doce. Mesmo sem ter glúten é possível ter sabor. Os diferenciais se estendem às coberturas, que podem ser adaptadas para que se tornem veganas ou sem lactose. Em pouco mais de um ano da inauguração no Itaim Bibi, as pedidas foram levadas para outros dois endereços, Higienópolis e Pinheiros.
A ideia do grupo, agora, é montar um modelo de franquias, expandir para pelo menos mais quatro pontos e investir em seis cozinhas de delivery. A antiga passagem por empresas e pelo mercado financeiro vem ajudando a garantir a vida saudável nas finanças desses jovens que nem chegaram aos 30 anos. Há ainda um guru extra: a Itzza foi selecionada entre 700 empresas para participar de uma aceleração promovida pela Endeavor e brMalls. “Temos conversas com profissionais de gigantes do mercado como Burger King e Outback”, comenta Gerin.
Desse último restaurante, os amigos resolveram copiar o projeto de carreira, que, em vez de contratar de fora pessoas para cargos de liderança, incentiva a escalada interna. A pegada social se faz presente também em outras ações. Para a inauguração da unidade na Rua dos Pinheiros, em novembro, eles abriram um processo seletivo para mães com filhos na Escola Estadual Fernão Dias Paes, no mesmo bairro. Além disso, arrecadam 1 real com a venda de cada suco nos restaurantes. Conseguem, assim, bancar pelo menos quinze crianças em escola particular por meio da ONG Passos Mágicos. Trata-se de mais uma ação — essa social — bem-sucedida do grupo.
Publicado em VEJA SÃO PAULO de 25 de dezembro de 2019, edição nº 2666.