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Empresária relata agressão em bar badalado no Itaim Bibi

De acordo com Livia Teixeira, os funcionários não tomaram providências em relação a um rapaz bêbado que teria incomodado seu grupo de amigas

Por Veja São Paulo
Atualizado em 20 jan 2022, 09h17 - Publicado em 27 jun 2016, 16h08
Tatu Bola
Tatu Bola (Fernando Moraes/)
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Uma jovem relatou ter sido agredida na unidade do Itaim Bibi do Tatu Bola Bar, no último sábado (25). A empresária Livia Teixeira, de 28 anos, contou em um texto no Facebook que o caso ocorreu após um rapaz bêbado, na mesa ao lado, começar a incomodar e empurrar suas amigas. “Ele tentou nos agredir fisicamente, nos atirou um copo cheio, molhou todo mundo”, contou.

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A moça afirma que, quando foi pedir ajuda para os seguranças da casa, ouviu que o grupo do cliente estava gastando mais do que elas. “Nós saímos de perto, ficamos com medo, mudamos de mesa e chamamos o chefe da segurança”, explica. A gerente do lugar não teria ajudado com o caso e falou que provavelmente a fúria do rapaz se deu porque as meninas não corresponderam às investidas dele.

Após a publicação da situação no Facebook, no domingo (26), um dos sócios da casa, Armandinho Lara, procurou a mulher. Em nota, o Tatu Bola Bar afirmou repudiar “qualquer ato de desrespeito aos seus clientes, independentemente de sexo, cor ou religião”. Também se posiciona totalmente contra qualquer caso do gênero que aconteça no estabelecimento.

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Confira o relato completo de Livia:

“Amigos, ontem fomos assediadas no bar Tatu Bola no Itaim, eu nunca tinha sentido o machismo tão de perto, esfregado na minha cara por homens e mulheres. Compartilhem este post, por favor, e nos ajudem a mostrar pra mulherada que aquele bar não é exatamente o que se pode chamar de ‘bacana’.

A culpa não foi minha. Também não foi da minha amiga que levou esbarrões e foi molhada com a bebida do cara da mesa ao lado. Estávamos só dançando, a culpa não foi nossa, mas os seguranças e a gerente do bar disseram que foi. Nós só pedimos para ele parar, a culpa, segundo o bar, foi nossa. Saímos de perto, tentamos evitar, mas ele se achou no direito de continuar. Derrubou bebida, empurrou e a culpa, segundo o bar, foi nossa. Minha amiga pediu para ele parar, ele não gostou.

Em meio a frases como ‘Ninguém te quer aqui’ e ‘quer privacidade, vai pro banheiro’, ele tentou nos agredir fisicamente, nos atirou um copo cheio, molhou todo mundo, quebrou nosso copo. Chamamos o segurança, ele continuou atirando gelo e a culpa, segundo o bar, foi nossa. O segurança não resolveu, nós saímos de perto, ficamos com medo, mudamos de mesa, chamamos o chefe da segurança, explicamos o caso e a culpa, segundo o bar, continuou sendo nossa. ‘Ele está consumindo muito mais que vocês’, disse o segurança enquanto explicava que ele não seria retirado do bar.

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Quando tentei sair de onde estava para procurar a gerente, o segurança tentou me acuar, não queria que eu me movimentasse dentro do bar. Gritei com ele, encontrei a gerente, Patrícia o nome dela, expliquei o caso, pedi ajuda e ela prometeu resolver. Fiquei com meus amigos no nosso canto, nós não poderíamos mais circular pelo bar. A Patrícia voltou e disse que estava tudo resolvido, saí do canto para ver se o cara da mesa ao lado tinha sido levado embora, o segurança me perguntou onde eu estava indo novamente, eu, segundo eles, era a culpada. Gritei mais uma vez com ele: ‘eu posso ir onde eu quiser’.

Fui ate a mesa onde estávamos antes de sermos atacadas, o cara continuava lá. Ele chamou o segurança, porque eu, a culpada segundo o bar, estava muito perto dele. O segurança tentou me tirar dali ‘você veio aqui só pra provocar’. ‘Eu posso ficar onde eu quiser aqui dentro’, a gerente, Patrícia, que até então achei que não me culpava, veio em seguida: ‘sai daqui, para de provocar nosso cliente’, saí, perdi a fé na empatia feminina, a culpa, segundo o bar, foi minha. Pagamos nossa pouca consumação, 440 reais, ele consumia muito mais que nós, a culpa era nossa.

Ele era homem, os amigos dele eram homens, três mulheres não podiam ter razão, segundo o bar. Enquanto conversávamos com o segurança, ele só dirigia a palavra ao nosso amigo, que era homem e não estava falando com ele.Ele era homem também, três mulheres não poderiam ter razão, nós consumimos muito menos. A gerente explicou que o cara da mesa ao lado ficou bravo porque, provavelmente, não demos moral para as investidas dele, a culpa foi nossa, três mulheres dentro do bar Tatu Bola no Itaim não poderiam ter razão.”

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