Obras incríveis em lugares inusitados
De montanhas e icebergs ao fundo do mar, veja quais lugares inusitados foram escolhidos por artistas contemporâneos para instalarem incríveis obras de arte: Em cima d’água: Spiral Jetty, de Robert Smithson Fortaleza feita de pedras basálticas, terras e cristais de sal, está localizada dentro do Grande Lago Salgado, em Utah, nos Estados Unidos. Com 457 metros de extensão e […]
De montanhas e icebergs ao fundo do mar, veja quais lugares inusitados foram escolhidos por artistas contemporâneos para instalarem incríveis obras de arte:
Em cima d’água: Spiral Jetty, de Robert Smithson
Fortaleza feita de pedras basálticas, terras e cristais de sal, está localizada dentro do Grande Lago Salgado, em Utah, nos Estados Unidos. Com 457 metros de extensão e 4 metros de largura, é o mais importante exemplo da Land Art que existe. O nome, criado pelo americano, é dado às obras totalmente integradas à natureza e constituída a partir de materiais naturais manipulados pelo homem. Construída em 1970, a obra depende do movimento das águas do lago e nas épocas de cheia pode passar anos sem poder ser vista.
Em baixo d’água: Underwater Sculpture, de Jason Taylor
Para ver este museu subaquático composto por centenas de esculturas é necessário fazer umas aulas de mergulho. A instalação permanente localizada na Isla Mujeres, em Cancún, no México, atua como um recife que atrai corais e peixes e tem uma extensão de mais de 420 metros quadrados. As esculturas são imagens de pessoas em tamanhos reais, desde crianças a mulheres grávidas, homens pensativos, idosos e trabalhadores. O artista construiu uma população inteira com materiais ecológicos pensados para durar centenas de anos.
Numa antiga fábrica de açúcar: A Subtlety, de Kara Walker
Um galpão construído em 1927 para guardar montanhas de açúcar bruto antes do refinamento virou o local perfeito para que a californiana Kara Walker fizesse uma esfinge de 23 metros feita de açúcar. A ideia veio da homenagem que a artista queria fazer ao trabalho escravo das lavouras de cana-de-açúcar. Uma pena que a instalação foi desfeita, mas fica a dica: vira e mexe, a artista americana faz instalações deste porte ao redor do mundo – vale acompanhar suas próximas produções!
No mar: Awilda, de Jaume Plensa
Você se lembra quando, em 2012, uma cabeça gigantesca foi instalada nas águas da Baía de Guanabara? Aquela era uma escultura do aclamado artista catalão Jaume Plensa, que instala peças parecidas ao redor de todo o mundo. Neste ano, elas podem ser vistas até maio em frente ao Tampa Museum of Art, na Florida, além de vários outros locais, como no hotel Grand Hyatt, de Nova York. Veja todas as presentes e futuras criações no site do artista.
Embaixo da terra: Sonic Pavillion, de Doug Aitken
A obra está num dos melhores museus de arte contemporânea ao ar livre do mundo, o Inhotim, localizado em Brumadinho, Minas Gerais. Consiste num pavilhão construído em torno de um buraco de 200 metros de profundidade no solo, onde foram instalados vários microfones. O som da terra – de todo o movimento que acontece embaixo dos nossos pés – é transmitido em tempo real, dentro do pavilhão. Esta obra depende totalmente da natureza, por isso, não se iluda: talvez você não consiga escutar nada. E é essa a genialidade da Land Art.
Num iceberg: A’o’Anna II, de Sean Yoro
Antes de derreterem, os desenhos de Sean Yoro em blocos de gelo duraram uma semana. O intuito do artista, também chamado de Hula, era alertar para as graves mudanças climáticas provocadas pelo homem. Baseado em Nova York, Yoro viaja o mundo atrás de locais onde ele possa fazer pinturas hiper-realistas de mulheres, que podem ser vistas principalmente em paredes de pontes e viadutos que atravessam mares e rios. Na Flórida é onde está a maior concentração dos seus desenhos; veja todas as criações no Instagram do artista.
Na piscina: The Swimming Pool, de Leando Erlich
No museu 21st Century Museum of Contemporary Art, em Kanazawa, no Japão, um grupo de visitantes fica passeando dentro de uma piscina enquanto o outro grupo as olha de cima, admirado, tentando entender como aquelas pessoas conseguem andar para lá e para cá embaixo d’água. A obra do argentino Leandro Erlich torna-se logo fácil de ser compreendida (a água fica presa dentro de uma fina camada de vidro, quase na superfície da piscina), mas continua sendo impressionante e divertida. Aliás, o museu inteiro é surpreendente.
Na Neve: Simon Beck
Beck demora cerca de onze horas para fazer desenhos geométricos de 1000 metros quadrados na neve, sem que ele veja a totalidade da obra de cima – e sem deixar nenhuma pegada. Cada desenho é planejado no computador e depois feito pelo inglês com um par de botas de neve. Veja no Facebook do artista quais os lugares escolhidos para suas criações pop-up.
No campo: Angel of the North in Gateshead, de Antony Gormley
Conhecido pelas esculturas implantadas em topos de prédios, como a exposição do Centro Cultural Banco do Brasil, em 2012, Antony Gorley cria pessoas de pedra e as espalha também por locais como montanhas, desertos, praias e até no ar. Angel of the North in Gateshead, localizado na cidade de Gateshead, na Inglaterra, tem 20 metros de altura e asas de 54 metros de extensão e é ponto de parada de qualquer um que passa por ali.