São três concertos. Depois de doze anos, o maestro Roberto Minczuk, volta a conduzir a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp entre esta quinta-feira (3) e o sábado (5).

Regente titular da Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo – OSM, Minczuk dividirá o palco com o pianista venezuelano-argentino Sergio Tiempo, levando um repertório de diferentes compositores do continente americano. As apresentações integram o festival Diálogos Latinos.

O repertório é aberto com Passacalha Para o Novo Milênio, do catarinense Edino Krieger (1928-2022), e segue com Universos Infinitos – Concerto para Piano e Tres Movimientos Tanguisticos Porteños, dos argentinos Esteban Benzecry e Astor Piazzolla (1921-1992), respectivamente.

A obra que encerra o programa é West Side Story: Danças Sinfônicas, que, apesar de ser de autoria do americano Leonard Bernstein (1918-1990), traz influências de ritmos latinos.

Livre. Sala São Paulo. Praça Júlio Prestes, 16, Campos Elíseos, ☎ 3367-9500. ♿ Qui. (3) e sex. (4), 20h30. Sáb. (5), 16h30. R$ 47,52 a R$ 309,60. salasaopaulo.art.br.

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3 Perguntas para Roberto Minczuk

Como surgiu esse convite para você voltar a reger a Osesp?

A última vez foi em 2011. Esse convite veio do maestro e diretor musical da orquestra, Thierry Fischer, e o diretor executivo, Marcelo Lopes. Os dois me convidaram, e fiquei muito feliz. A Osesp é uma uma orquestra internacional, e uma das principais da América Latina. É um projeto do qual eu fiz parte durante oito anos, como maestro associado e diretor artístico adjunto. Foi a orquestra com a qual estreei, 29 anos atrás, como jovem regente. É um prazer, tenho muitos amigos, colegas com os quais praticamente eu me formei. Me sinto de fato em casa aqui na Sala São Paulo, com eles.

O repertório conta com três nomes latino-americanos e um compositor estadunidense. Como foi feita a escolha do programa?

Esse é um programa maravilhoso. Tem dois compositores argentinos, Esteban Benzecry e Astor Piazzolla. Universos Infinitos – Concerto para Piano foi composto para o Sergio Tiempo, como uma encomenda da filarmônica de Los Angeles, e estreou quatro anos atrás. É um repertório incrível, muito moderno e latino, principalmente o último movimento. Benzecry é, de fato, um dos grandes compositores latino-americanos dessa geração, todas as obras dele têm muito impacto. A outra argentina é do Piazzolla, os três tangos, que é maravilhosa. A peça do Edino Krieger foi encomendada pela Osesp ainda quando eu era maestro associado, na virada do século, então eu mesmo regi a sua estreia. Ela faz parte tanto da minha história quanto da orquestra. E, para terminar, apesar de Leonard Bernstein ser um compositor norte-americano, West Side Story é um musical todo influenciado pelos ritmos latinos. Ele fez essa versão sinfônica das danças, que são simplesmente exuberantes — as pessoas conhecem todos os temas, mas não sabem que é uma peça extremamente complexa para qualquer orquestra.

E como é dividir o palco com o pianista Sergio Tiempo? Vocês já haviam trabalhado juntos?

É um prazer estar fazendo o concerto com o Sergio, que é um dos principais pianistas da geração dele. Ele acabou de tocar com a Filarmônica de Nova York, e tem uma grande carreira internacional. É a primeira vez que trabalhamos juntos, a gente já se conhece de nome, e sempre o vejo nas orquestras mundo afora, mas é a primeira vez que vamos dividir o palco.

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