Corinne Bailey Rae fala sobre novos discos e cita Gloria Groove
A artista britânica, um dos principais nomes do R&B contemporâneo, fará show em São Paulo em setembro
Difícil ter escutado rádio nos últimos quinze anos no Brasil e não conhecer o hit Put Your Records On, da cantora e compositora britânica Corinne Bailey Rae. Um dos principais nomes do R&B contemporâneo, a artista que estourou em 2006 com seu disco de estreia retorna ao Brasil após três anos para uma série de shows, incluindo uma apresentação em São Paulo no dia 5 de setembro e sua participação no Rock in Rio.
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O sucesso do primeiro álbum da artista, Corinne Bailey Rae (2006), que também contava com as ótimas Like A Star e Trouble Sleeping, reverberou mundialmente – e, fora da Europa e dos Estados Unidos, fez um sucesso especial no Brasil. Tanto que Corinne voltou de sua última passagem por aqui, em 2019, com uma bandeira nacional. “Eu tenho ela pendurada no meu estúdio, é a única bandeira que tenho lá. Eu sempre olho para ela e, quando eu estou gravando novas músicas, como eu estou fazendo ultimamente, penso no Brasil”, contou Corinne à Vejinha.
Além de sua estreia no Rock in Rio, marcada para o dia 8 de setembro no Palco Sunset, e seu show em São Paulo no dia 5 no Teatro Bradesco, a britânica também se apresentará em Curitiba e Belo Horizonte: uma pequena turnê brasileira que evidencia o alcance da voz suave e das composições pop da artista no país.
Sobre sua relação com o Brasil, Corinne também fala sobre a música brasileira. “A minha conexão é com os clássicos, como João Gilberto e Tom Jobim. A bossa nova é uma grande influência na minha música. Mas sempre que eu venho as pessoas falam que eu preciso escutar música mais contemporânea, e eu sei que tem uma artista muito boa que estará no mesmo palco chamada Gloria Groove. Alguém me recomendou ouvir ela e disse que ela é incrível”, disse.
Corinne está na estrada com a turnê Sunlight / Sunlight!, que reúne seus principais sucessos no repertório. O título alegre (Luz solar / Luz solar!) da temporada de shows condiz com a felicidade da cantora em voltar à ação após os anos de pandemia. “Foi triste ter perdido todo aquele tempo, todas as jams, todas as conexões. É triste pensar o quanto perdemos. E eu senti muita falta de me conectar com o público, ver os rostos das pessoas, sentir que a minha música é útil no mundo. Eu acho que naquele momento, ou mesmo quando você está no estúdio, às vezes parece que você está fazendo aquilo só para você mesmo”, contou a britânica.
Voltar a se apresentar ao vivo e tocar com sua banda também contribuiu para o processo criativo da artista, que revelou seus próximos passos na carreira. “Eu acabei de terminar um disco que irá sair no ano que vem, e é um projeto bastante diferente para mim, se chama Black Rainbows. É um projeto paralelo inspirado em um centro cultural em Chicago de arte afro-americana, com literatura, escultura, cerâmicas. Eu visitei enquanto estava em turnê e senti que essas obras estavam falando comigo”, disse Corinne, comentando que será um trabalho com uma sonoridade mais indie e eletrônica.
Além deste projeto paralelo, a cantora também afirmou que está na metade do processo de seu próximo disco, o sucessor de The Heart Speaks In Whispers (2016).
Enquanto esperamos as novidades, uma chance de visitar a discografia da artista é seu show em São Paulo, em setembro. Restam poucos ingressos. Livre. Teatro Bradesco. Rua Palestra Itália, 500, Perdizes, ☎ 3670-4100. ♿ Seg. (5/9), 21h. R$ 240,00 a R$ 450,00→ teatrobradesco.com.br.
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