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Parque Augusta abre as portas com jardim secreto e cachorródromo

Após décadas de disputas e protestos, terreno de 23 000 metros quadrados passou por reformas que revelaram jardim francês mais antigo que o Trianon

Por Humberto Abdo
5 nov 2021, 06h00

Após décadas de disputas imobiliárias e discórdias entre vizinhos, a abertura do Parque Augusta está prevista para sábado, 6, com um jardim francês histórico, as ruínas de um edifício do início do século XX, nova arquibancada e até cachorródromo.

A origem do imbróglio envolvendo o local é tão antiga quanto as ruínas reveladas no novo projeto. Vazio há cinquenta anos, o espaço abrigou entre 1907 e 1969 o Colégio Des Oiseaux e a Escola Santa Mônica, ambos demolidos em 1974 — desde então, cogitava-se construir um supermercado e o Museu da Música Popular Brasileira por ali. Em 2002, quando o Plano Diretor passou a permitir a implantação de um parque, o endereço entrou para valer no radar de ativistas e moradores dos entornos.

Em 2015, o Conpresp aprovou a construção de três torres residenciais com a condição de que a área verde local, tombada, fosse transformada em parque. A decisão rendeu protestos, integrantes de coletivos pró-parque invadiram o terreno em janeiro daquele ano e abriram o local ao público. A reintegração de posse ocorreu meses depois.

Entre as ruas Augusta, Caio Prado e Marquês de Paranaguá, o terreno de 23 000 metros quadrados pertenceu às construtoras Setin e Cyrela, mas foi transferido à prefeitura em abril de 2019, após uma intervenção do Ministério Público. As obras começaram em outubro do mesmo ano, mas sofreram várias paralisações, uma delas pela suspeita de materiais arqueológicos na área.

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Pedaços de pedra de antigo colégio aparecem em gramado do parque Augusta.
Ruínas de antigo colégio no Parque Augusta. (Alexandre Battibugli/Veja SP)

Segundo o arquiteto do projeto, Samuel Kruchin, 66, o local virou até alvo de lendas urbanas. “Dizia-se que ali havia uma floresta da mata atlântica, que nunca existiu, e caminhos arqueológicos de antigas populações, coisa que a pesquisa também não mostrou”, conta. Mas pelo menos uma novidade é real: a descoberta e o restauro de um jardim centenário de árvores exóticas, possivelmente mais antigo que o Trianon e o jardim francês do Museu do Ipiranga. “É um marco histórico, que agora se conecta com o espaço contemporâneo.”

A portaria do colégio também foi reconstituída e o muro de tijolos na Augusta, outro alvo de debates, foi mantido. “Nosso maior desafio foi essa conciliação com os elementos pré-existentes e as diferentes visões que vários grupos tinham do parque.”

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Em dezembro, Samuel assume outra grande empreitada na cidade: a continuidade do restauro no Palácio da Justiça, no centro. “Serão pelo menos dez meses de trabalho, para evitar os riscos que vários prédios históricos têm sofrido.”

Chão laranja e branco decora espaço de exercícios com aparelhos na cor amarela em parque.
Equipamentos de ginástica no Parque Augusta. (Alexandre Battibugli/Veja SP)
Passarela com corrimão verde e árvores aparecem na foto.
Passarela no Parque Augusta. (Alexandre Battibugli/Veja SP)

 

Placas e gramado no Parque Augusta.
Parque Augusta. (Alexandre Battibugli/Veja SP)
Muro do parque divide gramado e rua.
Muro no Parque Augusta, alvo de debates entre moradores e ativistas, foi mantido pelo projeto. (Alexandre Battibugli/Veja SP)
Obstáculos para pets aparecem em gramado.
Novo cachorródromo no Parque Augusta. (Alexandre Battibugli/Veja SP)
Foto exibe árvore, muro e gramado.
Elementos pré-existentes se misturam às novidades no Parque Augusta. (Alexandre Battibugli/Veja SP)
Playground no gramado aparece no centro da foto.
Playground e espaços de convivência integram o Parque Augusta. (Alexandre Battibugli/Veja SP)
Via com chão branco aparece no meio de um gramado com prédios no horizonte.
Fim da saga: Parque Augusta abre as portas na capital. (Alexandre Battibugli/Veja SP)

 

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Publicado em VEJA São Paulo de 10 de novembro de 2021, edição nº 2763

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