Líder na temporada de jogos e em alta no Palmeiras, o meia Gustavo Scarpa tem se destacado com um outro talento: crítico de livros. Torcedores do verdão descobriram nos últimos dias a paixão de Scarpa por livros ao encontrar em seu Instagram uma série de mini resenhas bem-humoradas sobre clássicos como A Metamorfose, de Franz Kafka, e O Morro dos Ventos Uivantes, de Emily Brontë. No total, são mais de 90 pitacos sobre as obras.
“Incompreensível, mas da hora”, resumiu ao terminar a leitura de O Processo, de Kafka. “O povo só não quer ser oprimido”, disse sobre O Príncipe, de Maquiavel.
“Já estou tirando os troféus da estante para abrir espaço para mais livros, né? Vou achar outro lugar para colocar os prêmios”, disse o jogador em entrevista ao G1. Segundo ele, o gosto pela leitura começou na sétima série (ou oitavo ano), com Tonico e Carniça, do brasileiro José Rezende Filho.
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Mas o apreço maior veio com a Bíblia, em 2009, quando o jovem começou a frequentar a igreja. Dez anos depois, a lista de interesses aumentou. “Minha tia me deu a biografia do Steve Jobs, aí curti para caramba e comecei a querer conhecer outras coisas.”
Seu favorito hoje é o russo Fiódor Dostoiévski. “São livros grandes, mas histórias muito legais, que passam rápido. Quando vi, já tinha lido um tantão!”, conta.
Para conciliar o hábito com a vida de jogador, Scarpa lê até no vestiário. “Eu tenho o hábito de ler independente do lugar ou do momento (do time). Se ganhou ou perdeu, não dá para se basear nisso, né? Questão é chegar em campo e dar o seu melhor. Depois, a vida precisa seguir.”
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