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Mel Fronckowiak lamenta a morte do avô em desabafo no Instagram

"Uma hora a gente se encontra pra fazer aquele samba, aquele batuque improvisado"

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
22 Maio 2019, 17h28
 (Reprodução/Instagram/Veja SP)
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Na TV como uma das participantes do “Show dos Famosos” do Domingão do FaustãoMel Fronckowiak usou seu perfil no Instagram para lamentar a morte do avô: “Ele tinha as unhas sujas de tinta, um cheiro de barba de avô, aquelas boinas sempre muito alinhadas, o cabelo penteado, o sorriso largo que fazia os olhos anoitecerem em duas meia-luas quase como para não deixar nossos sonhos caírem no chão”, começou a apresentadora na homenagem emocionante. 

Ria alto, se emocionava à toa, falava com as mãos; ele tinha umas quatro, no mínimo, sempre ziguezagueando entre as palavras. Meu avô adorava um samba e a música podia tocar na rua, na igreja, na passeata: ele nos tirava pra dançar, pegava nas nossas mãos pequeninas primeiro — as pontas dos pés quase flutuando –, depois nas nossas cinturas adolescentes”, continuou Mel. “E se houvesse silêncio ele batucava na mesa, na parede, no teto do carro, com caixinha de fósforo; assoviava com a bochecha cheia de ar e de felicidade”. 

Às vezes ele entristecia, esbravejava, brigava. Mas nem durava muito, o coração muito cheio de amor, os olhos sempre prontos para gotejarem, sinceros. Meu avô me ensinou que para uma obra de arte nascer é preciso deixar o pincel seguir, que o artista liberta a arte, não mais. Me ensinou que críticos não eram artistas frustrados, embora ele tivesse pensado isso durante muitos anos. Eram apenas frustrados, corrigia ele, rindo de si mesmo”.

Meu avô fazia barracas de lençol de vários andares e compartimentos secretos, nos levava a passeios misteriosos e infinitos nos pedalinhos da Redenção, tinha o tempo todo para contar e ouvir histórias. E aquele arzinho de deboche amoroso que certamente me fez ser um pouco de quem eu sou hoje”, continuou no Instagram. “Vai, vôzinho, vai dançar entre as nuvens e batucar nas estrelas. O céu é a sua tela em branco e você está livre para deixar a arte nascer outra vez. Levo comigo os seus olhos apertados. O amor tem me sorrido através deles por aqui, abundantemente. Uma hora a gente se encontra pra fazer aquele samba, aquele batuque improvisado. A vida é somente um suspiro. Não há tanto tempo assim; ele passa, nós passamos. Que o amor, portanto, regue todos os passos e preencha os abraços”, finalizou. Confira: 

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Ele tinha as unhas sujas de tinta, um cheiro de barba de avô, aquelas boinas sempre muito alinhadas, o cabelo penteado, o sorriso largo que fazia os olhos anoitecerem em duas meia-luas quase como para não deixar nossos sonhos caírem no chão. Ria alto, se emocionava à toa, falava com as mãos; ele tinha umas quatro, no mínimo, sempre ziguezagueando entre as palavras. Meu avô adorava um samba e a música podia tocar na rua, na igreja, na passeata: ele nos tirava pra dançar, pegava nas nossas mãos pequeninas primeiro – as pontas dos pés quase flutuando -, depois nas nossas cinturas adolescentes. E se houvesse silêncio ele batucava na mesa, na parede, no teto do carro, com caixinha de fósforo; assoviava com a bochecha cheia de ar e de felicidade. Às vezes ele entristecia, esbravejava, brigava. Mas nem durava muito, o coração muito cheio de amor, os olhos sempre prontos para gotejarem, sinceros. Meu avô me ensinou que para uma obra de arte nascer é preciso deixar o pincel seguir, que o artista liberta a arte, não mais. Me ensinou que críticos não eram artistas frustrados, embora ele tivesse pensado isso durante muitos anos. Eram apenas frustrados, corrigia ele, rindo de si mesmo. Meu avô fazia barracas de lençol de vários andares e compartimentos secretos, nos levava a passeios misteriosos e infinitos nos pedalinhos da Redenção, tinha o tempo todo para contar e ouvir histórias. E aquele arzinho de deboche amoroso que certamente me fez ser um pouco de quem eu sou hoje. Vai, vozinho, vai dançar entre as nuvens e batucar nas estrelas. O céu é a sua tela em branco e você está livre para deixar a arte nascer outra vez. Levo comigo os seus olhos apertados. O amor tem me sorrido através deles por aqui, abundantemente ❤ Uma hora a gente se encontra pra fazer aquele samba, aquele batuque improvisado. A vida é somente um suspiro. Não há tanto tempo assim; ele passa, nós passamos. Que o amor, portanto, regue todos os passos e preencha os abraços. Amém 🙏

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