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Cultura & Lazer

Manoel Soares sobre cena no ‘É de Casa’: “Remete a um processo escravista”

Apresentador diz que a colega Talitha Morete "não agiu errado", mas explica que interveio pela "iconicidade" de uma mulher negra servindo brancos

Por Redação VEJA São Paulo SEGUIR SEGUINDO
Atualizado em 4 jul 2022, 10h40 - Publicado em 4 jul 2022, 10h31

O apresentador Manoel Soares comentou o momento do programa “É de Casa”, da TV Globo, que ganhou repercussão nacional nas últimas semanas quando outra apresentadora, Talitha Morete, pediu que uma convidada negra, a cozinheira Silene, se levantasse e servisse a cocada que preparou às outras pessoas que participavam do programa.

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Em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo publicada nesta segunda (4), Soares defendeu a colega: “A Thalita não agiu errado. Ela pedir para uma pessoa que fez a comida servir a comida, é algo absolutamente natural, se tivesse feito aquilo com o Rodrigo Hilbert, não teria problema nenhum”, falou.

Entretanto, disse que interveio e se ofereceu para servir a cocada aos convidados por conta da “iconicidade daquele cenário”.

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“Quando foi que eu intervi? Eu intervi quando vi a cena icônica de um grupo de pessoas brancas sentadas, um homem negro privilegiado sentado, e uma mulher moradora de favela servindo essas pessoas. O que me doeu ali foi a iconicidade daquele cenário que causa dor e remete a um processo de condição escravista”, acrescentou o apresentador.

A partir desta segunda-feira, Manoel Soares apresenta o “Encontro” ao lado de Patrícia Poeta. A atração será exibida a partir das 9h30 e passa a ser feita nos estúdios de São Paulo.