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Mãe desabafa no Facebook após comprar kit de cozinha para o filho

"Brinquedo não tem gênero, cor não tem gênero e profissão não tem gênero", escreveu a mulher no Facebook após ser criticada pela própria mãe

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 jul 2017, 18h36 - Publicado em 31 jul 2017, 18h33
 (Reprodução/Facebook/Veja SP)
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Criar um filho não é nada fácil — especialmente quando você precisa lidar com os comentários negativos de familiares e amigos. Na terça (25), a paranaense Jenifer Stelen publicou um texto que está chamando atenção no Facebook: em poucos dias, a mensagem já acumula mais de 270 000 reações, além de 105 000 compartilhamentos.

No desabafo, Jenifer fala sobre a reação da mãe dela ao ver que a jovem tinha comprado um kit com panelas de cozinha de brinquedo para o filho: “Hoje fui ao mercado, vi esse kit de cozinha de brinquedo e resolvi levar para meu filho, já que ele adora pegar meus talheres e vasilhas para brincar. Quando ele viu, ficou todo feliz e disse que iria fazer um espaguete. Já minha mãe me olhou com cara de reprovação e disse: ‘mas panelinhas, Jenifer? Isso é coisa de menina! Por que não comprou brinquedinho de médico?’. Isso me fez lembrar da minha infância…

Eu tenho um primo bem próximo que tem a mesma idade que eu e, como nascemos com apenas três dias de diferença, nossas mães sempre faziam uma festa de aniversário conjunta para nós dois. Me lembro de sempre achar os presentes dele mais legais que os meus, pois ele ganhava vários carros, caminhões, motos, bolas, etc… enquanto eu ganhava bonecas, panelinhas e maquiagens“, escreveu a jovem.

Ou seja, eu deveria saber cuidar de um filho, cozinhar e estar sempre arrumada e maquiada. Já meu primo poderia dar um rolezão de carro, ser jogador de futebol ou o que ele quisesse, mas brincar com minhas bonecas ele não podia, pois ‘isso é coisa de menina!’“.

Jenifer, então, relembra a experiência de ter sido mãe ainda na adolescência, dizendo como o discurso de muitos familiares mudou após sua gravidez: “Mas o que eu acho mais estranho disso tudo é que passei a infância e adolescência toda sendo induzida a ser mãe e esposa, mas quando engravidei aos 17 anos, as mesmas pessoas que haviam me dado bonecas na infância, me olhavam com cara de pena e algumas até diziam: ‘coitada de você, acabou com a sua vida’“.

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Mães e pais, pelo amor de Deus, não inferiorizem suas filhas, diga que elas podem ser o que quiserem: jogadores de futebol, engenheiras, médicas, motoristas e que só precisam ser mães se quiserem. Ensinem também que quem cuida de filho é quem fez e não apenas quem pariu, quem cozinha é quem quer comer e quem lava a louça e limpa a casa é quem sujou“, pede a mulher ao fim do desabafo. “Brinquedo não tem gênero, cor não tem gênero e profissão não tem gênero“. Confira: 

Dê sua opinião: E você, o que achou da resposta de Jenifer? Deixe seu comentário e aproveite para curtir nossa página no Facebook.

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