Hideout Speakeasy, referência na coquetelaria santista, ganha bar “irmão” em SP
Com clima privado e sem placa na porta, o novo bar da Vila Madalena tem um “laboratório” para a produção de insumos
Um bar todo fechado e com coquetéis turbinados na gradação alcoólica não é exatamente o tipo de lugar que mais faz sucesso em cidades praianas. Mas o Hideout Speakeasy, aberto em Santos em 2019 com todo esse perfil, vingou.
A casa sem placa na porta conquistou não apenas clientes locais sedentos por negronis e dry martinis, como também paulistanos curiosos — as cartas mais recentes foram montadas com consultores da capital e, não raro, o estabelecimento recebe nomes da metrópole para eventos.
Em um movimento pouco comum, os proprietários — que têm ainda um segundo bar santista, o Hideout Fizz, de 2022 — subiram a serra para inaugurar um irmão em São Paulo: o Hideout The Door, na Vila Madalena.
A abertura ao público está prometida para a quarta (13). O local seguirá o espírito privado do pioneiro, com porta fechada e sem identificação em frente ao número 1111 da Rua Fradique Coutinho. Mas não será obrigatório (ainda que seja recomendável) fazer reserva (pelo WhatsApp 97600-3593 e pelo app Get In).
Curiosamente, o espaço não terá um balcão, mas uma estação de bar retangular sem banquetas. A equipe de bartenders atenderá nas mesas do salão ou da área externa os até 32 clien tes por vez.
Na empreitada, os fundadores Aline Araújo e Marcelo Malanconi se juntam ao empresário João Paulo Warzee (sócio de casas como Castelo Oculto, também escondida) e ao bartender Sylas Rocha.
A grande aposta é o aparato de equipamentos para a produção de insumos, que ficará à mostra em uma área envidraçada. São traquitanas como fermentadoras, centrífuga para clarificação, cuba ultrassônica, aparelho de sous-vide, Thermomix, slow juicer…
O maior xodó é um Rotavapor, que possibilita uma destilação que agrega sabores a bebidas sem precisar elevar demais a temperatura. Comum nos endereços mais modernos do exterior, seria o único usado de forma permanente em um bar da cidade. “Um novo custa, inicialmente, 250 000 reais”, calcula Sylas.
Gabriel Santana, do premiado Santana Bar, já tem visitado a casa e usado a máquina “emprestada” em algumas produções para eventos no bar dele. “O laboratório estará à disposição da comunidade de bartenders”, promete Aline.
Entre as doze pedidas autorais do The Door, a preços entre 45 e 60 reais, poderão ser provadas sugestões como o no bloody, mary! (suco de tomate clarificado, vodca ao bacon, shoyu destilado e cambuci) e o chave mestra (uísque, licor de umê e chicha morada, bebida peruana de milho-roxo, feita ali).
Para acompanhar, a casa encomendou receitas do chef Dário Costa, outro sucesso do balneário com os restaurantes Madê e Paru. “Estou morrendo de medo de São Paulo, a cidade é ‘um tubarão’”, confessa Aline. Agora, é esperar e ver se o público paulistano vai surfar na onda santista.
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