“Fim de Partida”: nova montagem traz família em estado de letargia
Dirigida por Yoshi Oida e Matteo Bonfitto, a encenação do texto de Samuel Beckett privilegia as relações tóxicas
Uma das obras-primas do irlandês Samuel Beckett (1906-1989), Fim de Partida origina múltiplas leituras. Sob a direção de Yoshi Oida e Matteo Bonfitto, a trama enfoca as relações tóxicas dentro de uma família.
Hamm (papel de Bonfitto) é o cego que, prostrado em uma cadeira, sente tudo ao redor. Nagg e Nell (os atores Milton de Andrade e Suia Legaspe), seus pais, vivem cada um na sua lata de lixo, enquanto Clov (Rodrigo Pocidônio), como filho adotivo e empregado do clã, é o único que conserva algum direito de ir e vir.
+ A voz própria de Denise Fraga em “Eu de Você”.
O grande texto abre naturalmente espaço para a reflexão. A montagem, no entanto, se apoia demais nas palavras de Beckett e minimiza a exploração de imagens, inclusive no caráter absurdo. Bonfitto e Pocidônio são destaques. O mesmo não acontece com Andrade e Suia, quase imperceptíveis (80min). 12 anos. Estreou em 20/9/2019.
+ Teatro do Sesc Ipiranga. Rua Bom Pastor, 822, Ipiranga. Sexta e sábado, 21h; domingo, 18h. R$ 30,00. Até o dia 20.
E para não perder as notícias mais quentes que rolam sobre São Paulo, assine a newsletter da Vejinha. É só clicar aqui.