O coletivo O Bonde estreia neste sábado (20) Bom dia, Eternidade no Teatro Anchieta. É o último espetáculo da Trilogia da Morte, na qual o grupo de artistas negros e periféricos discute as heranças do período escravocrata no Brasil, e alcançou com Desfazenda – Me Enterrem Fora Desse Lugar (2021) o prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) de Melhor Espetáculo Virtual em 2022. O outro trabalho foi a infantil Quando Eu Morrer Vou Contar Tudo a Deus (2019).

A nova peça, que empresta o nome do filme de Rogério de Moura lançado em 2010, acompanha quatro irmãos idosos que foram despejados de sua casa ainda na infância e recebem a restituição do terreno após quase sessenta anos. Reunidos no quintal da antiga morada, eles precisam decidir o que fazer.

Em cena, os integrantes da companhia, Ailton Barros, Filipe Celestino, Marina Esteves e Jhonny Salaberg, este também autor do texto, interpretam os duplos de quatro músicos convidados, que dão vida aos idosos: Cacau Batera, Luiz Alfredo Xavier, Maria Inês e Roberto Mendes Barbosa. O quarteto toca a trilha sonora ao vivo, composta de canções de cantores negros, como Djavan e Jorge Ben Jor. A direção é de Luiz Fernando Marques Lubi (120min). 14 anos.

Teatro Anchieta. Sesc Consolação. Rua Doutor Vila Nova, 245, Vila Buarque, ☎ 3234-3000. ♿ Sex. e sáb., 20h. Dom. e qui. (25), 18h. 15 e 22/2, 15h. Até 25/2. sescsp.org.br.

Publicado em VEJA São Paulo de 19 de janeiro de 2024, edição nº 2876

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