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Uma viagem no tempo às décadas passadas por meio de suas histórias, costumes e curiosidades.
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TeleCatch, o MMA das antigas

A luta de mentira que parecia de verdade (mas não muito)

Por Roosevelt Garcia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 mar 2017, 18h36 - Publicado em 31 mar 2017, 18h35

Tudo bem, a essa hora você deve estar me xingando por fazer essa comparação de Telecatch com MMA. Mas a analogia foi feita só pra dar uma dimensão do quanto eram populares essas lutas nos anos 60, 70 e 80. O Telecatch é a luta livre coreografada, muito mais um espetáculo de teatro e circo do que propriamente uma luta de verdade. Era feita pra entreter os espectadores, que elegiam seus lutadores preferidos e torciam por eles com todas as forças, e ainda faziam com que todos odiassem os vilões, aqueles lutadores que eram idealizados pra serem do mal, que trapaceavam e batiam desonestamente nos pobres lutadores do bem, que eram vistos como super-heróis pelos fãs.

As lutas livres televisionadas surgiram nos anos 60, na extinta TV Excelsior, e se propunham a exibir os espetáculos de luta itinerante que viajavam com os circos. Foi um verdadeiro nocaute! As lutas viraram mania, e, aos domingos, durante a transmissão, a cidade inteira parava como se fosse um jogo de Copa do Mundo. Nos anos seguintes, a transmissão do Telecatch foi disputadíssima entre as principais emissoras da época. Entre os anos 60 e  80, as lutas foram exibidas na Gazeta, Record, Bandeirantes e até Globo. Algumas vezes, havia transmissão de lutas por dois canais ao mesmo tempo, numa disputa round a round pela audiência. Telecatch, Os Reis do Ringue, Gigantes do Ringue, Mestres do Ringue, os nomes dos programas variavam, mas a essência era a mesma.

Todo mundo, ou quase, sabia que as lutas eram encenadas, assim como toda a armação que os lutadores aprontavam no ringue, como bater no juiz e xingar o público. Mas todo mundo adorava assim mesmo. Muitos deles usavam máscaras ou uma vestimenta chamativa, caracterizando ainda mais o conceito de espetáculo circense. Os lutadores desempenhavam seus papéis, mas davam e levavam socos de verdade. O importante para um lutador de Telecatch é saber como apanhar e até onde bater. O sangue escorrendo das inúmeras pancadas que eles levavam era de verdade, assim como a rivalidade entre alguns lutadores, mas a luta nunca deixava de ser apenas um show.

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Os lutadores mais importantes dessa era, tanto os “do bem” quanto os “do mal” ganharam muito dinheiro com suas performances. Muitos deles viveram, e alguns vivem até hoje, com o fruto do seu trabalho. Um dos mais conhecidos de todos os tempos, Michel Serdan, ainda procura patrocínio para voltar a televisionar as lutas.

Relembre algumas dessas lendas dos ringues:

Ted Boy Marino

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Aquiles, o Matador

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Michel Serdan

Fantomas

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Mister Argentina

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Tigre Paraguaio

Verdugo

 

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