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Uma viagem no tempo às décadas passadas por meio de suas histórias, costumes e curiosidades.
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Quinze tecnologias de ponta que ficaram obsoletas

Confira aparatos tecnológicos que sumiram das nossas vidas para dar espaço a versões mais avançadas

Por Roosevelt Garcia
14 mar 2017, 11h17

A evolução não para. O que é a última palavra em tecnologia hoje, amanhã pode virar peça de museu. Nos últimos quarenta anos, vimos a ascensão de tecnologias que mudaram para sempre o nosso modo de vida, e tão rapidamente quanto surgiram, elas simplesmente sumiram, dando lugar a versões mais avançadas de si mesmas, ou simplesmente deixando de existir por não serem mais parte do dia a dia da humanidade.

Veja aqui alguns exemplos. Tenho certeza que se lembra de alguns desses itens, como também sei que você nunca ouviu falar de outros.

 ·         Walkman

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Foi uma verdadeira reviravolta na maneira de ouvir músicas quando foi lançado, em 1979. Cada pessoa podia ouvir suas músicas preferidas e levá-las pra onde quiser, e sem incomodar os outros. Os primeiros walkmans tocavam fitas k7, e foram evoluindo de um simples player a sofisticados equipamentos com redução de ruído, auto reverse e reforço de graves.

  ·  CD

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O compact disc surgiu no início dos anos 80 como a maior revolução tecnológica em décadas. Se propunha a substituir o já velhinho LP, que tinha dominado a indústria fonográfica por mais de trinta anos, com diversas vantagens. O disco não riscava, era muito menor, mais capacidade, e poderia ser usado em equipamentos portáteis, como players para carros e como substituto do walkman, surgindo assim o Diskman. Sua qualidade digital era indiscutível, mas “digital demais”, segundo alguns críticos defensores do analógico LP. Teve uma vida igualmente longa, e só foi deixado de lado porque os costumes do consumidor mudaram. Hoje, pouca gente compra CDs, preferem ter suas músicas em formato digital, na nuvem.

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  • Fax
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A capacidade de enviar e receber documentos e fotos pela linha telefônica mudou a forma de se fazer negócios nos anos 80 e 90 no Brasil. Muitas empresas tinham números telefônicos exclusivos para o fax, e isso tornava muito mais ágil seu dia-a-dia. Os computadores e os e-mails tornaram essa máquina maravilhosa obsoleta, não porque fazem exatamente o que ela fazia de um jeito mais simples, e sim porque a forma de comunicação e envio de documentos foi adaptada aos novos tempos.

  • Pager
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No final dos anos 90, todo mundo que precisava estar conectado o tempo todo tinha um desses. Se alguém quisesse falar com você, tinha que ligar para uma central telefônica, dizer o número do seu pager e passar um recado, que era então enviado pra você. Como todo equipamento eletrônico, o pager evoluiu durante a sua curta vida. Primeiro, ele só tocava ou vibrava, e você tinha que ligar para a central pra saber o recado. A versão seguinte já enviava pra você o número de telefone para o qual você tinha que ligar, que tinha sido fornecido pela pessoa que deixou o recado. A versão mais moderna já enviava mensagens de texto completas.

 

  • Zip Drive
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Era a última palavra em armazenamento removível na metade dos anos 90. O usuário estava acostumado a trabalhar com diskettes de 3,5 polegadas, com 1,4MB de capacidade. O Zip usava uma mídia praticamente do mesmo tamanho físico, mas que armazenava oitenta vezes mais, ou seja, 100MB em cada disco. Foi muito usado, principalmente por empresas, até que o CD regravável ficou barato, e muito mais vantajoso, pois armazenava até 700MB em um único disco.

 

  • Agenda Eletrônica
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Os primeiros modelos apareceram ainda nos anos 80, e eram objeto de desejo de executivos, comerciantes, e todo mundo que precisava de muito espaço para armazenar todos os seus contatos telefônicos.  Seu domínio durou até o começo da evolução dos celulares, quando sumiu do mercado. Hoje em dia, graças à onda retrô, é possível encontrar algumas à venda, bem mais avançadas do que aqueles primeiros modelos, e bem mais baratas, também.

 

  • Newton
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Este foi o equipamento certo, lançado na hora errada. O Newton se propunha a ser o primeiro PDA (Assistente Pessoal Digital), com tela sensível ao toque, reconhecimento de escrita, e muitas funções que eram apenas especulações em outras empresas. A Apple o lançou em 1993, mas o público não recebeu muito bem a novidade, principalmente porque a tecnologia ainda não estava completamente desenvolvida nas coisas que o Newton se propunha a fazer, então ele não funcionava direito.

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  • Laserdisc
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Teve pouca divulgação no Brasil, mas lá fora o LD teve uma vida longa e feliz. Foi o antecessor do DVD, e armazenava filmes completos com boa qualidade.  Os filmes eram gravados em discos de doze polegadas, do mesmo tamanho do LP de vinil, em dois formatos diferentes. Num deles, dava pra ter uma hora de filme de cada lado do disco. No outro formato, de melhor qualidade, só cabia meia hora de filme em cada lado. A imagem, apesar de não ser digital, tinha uma qualidade bem melhor do que as fitas VHS, e o áudio era semelhante aos CDs. Sua capacidade reduzida fazia com que edições especiais de filmes fossem lançadas com três ou mais discos, o que encarecia demais o produto final.

 

  • MiniDisc
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Era menor, tinha melhor qualidade,  e era mais prático que o CD.  A gente podia mudar a ordem das músicas depois que o disco era gravado, dava pra colocar nomes nas músicas, dava até pra plugar um teclado de computador pra digitar o nome das músicas mais facilmente… uma infinidade de coisas que faziam o MD muito mais interessante que os CDs, mas infelizmente a Sony, inventora do formato, não soube aproveitar muito bem seu produto. Quando promoveram a evolução do MiniDisc, fazendo-o gravar dados, aumentando a capacidade e fazendo unidades para computador, o CD regravável já era uma realidade e já tinha tomado conta do mercado. O MD ficou só como uma boa lembrança para aqueles que tiveram a oportunidade de conhecê-lo.

 

  • Vídeo Cassete
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“Seu próprio canal de televisão”, já dizia o Doutor Brown, de De Volta Para o Futuro, quando se referia ao vídeo tape doméstico, e, apesar de a esmagadora maioria das pessoas ter usado o seu vídeo cassete somente para assistir filmes alugados, ele servia sim pra você gravar o que quisesse da TV, para assistir depois. A história dos triunfos e dos fracassos do vídeo cassete e seus diversos formatos, daria por si só um post aqui no blog Memória, de tão complexa e intrincada que ela é. Faremos isso numa outra ocasião. Para hoje, basta saber que ele foi um aparelho tão importante e tão presente nas casas como era a televisão, e que foi sendo injustamente esquecido pelo público, porque o ato de gravar a programação da TV foi gradativamente sendo expurgada da cabeça do consumidor. Hoje, poucas são as pessoas que têm um gravador digital, seja ele parte de seu pacote de TV por assinatura, ou seja ele um aparelho externo ligado ao seu computador. A maioria das pessoas quando quer mostrar alguma coisa que está sendo exibida, simplesmente pega a câmera do celular e grava a tela da TV!

  • Camcorder
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Quando surgiu o vídeo cassete doméstico, era natural que as pessoas quisessem fazer seus próprios vídeos para exibir em suas TVs, e as câmeras portáteis logo surgiram. Mas elas tinham que ser ligadas a uma unidade gravadora separada, o que deixava o conjunto todo muito grande e pesado. Aí surgiram as camcorders, câmeras com gravadores de vídeo em tamanho compacto, no mesmo compartimento. “Compacto” que eu digo é cerca de 50 centímetros de comprimento, e cerca de 5 quilos de peso, para uma camcorder do formato mais popular da época, o VHS. Quando novos e menores formatos de fita foram surgindo, camcorders menores também apareceram, primeiro com as fitas VHS-C, que eram tocadas em vídeo cassetes comuns por meio de um adaptador, depois com as fitas Hi8, aí vieram as fitinhas MiniDV, já com qualidade digital, e posteriormente com as fitinhas pouco conhecidas MicroMV. Depois vieram as câmeras que gravavam diretamente em DVD, e mais tarde ainda, as que gravam em chips de memória, que são as mais recentes formas de se gravar com uma camcorder. Mas, o que se popularizou mesmo, hoje em dia, é gravar com a “pequena máquina maravilhosa que faz tudo”, o bom e velho smartphone.

 

  • CD Changer
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Quando o CD começou a ser comercializado em 1983 foi uma revolução. Seus discos agora poderiam ser ouvidos sem chiados, com som cristalino, e o melhor, até no carro! O CD Players para carro substituíram com louvor os velhos toca-fitas, e as pessoas começaram a dar importância pra qualidade do som instalado no carro só pra poder ouvir seus CDs com o máximo de fidelidade possível. Mas existia um problema. Cada CD só cabe pouco mais de uma hora de música, e se você fosse fazer uma viagem longa e não quisesse levar uma bolsa carregada com seus CDs preferidos, o que fazer? Surgiu então o CD Changer, um equipamento que ficava acondicionado no porta-malas, ou em algum lugar escondido do carro, e que você podia deixar nele até dez CDs previamente escolhidos, e pelo aparelho do painel do seu carro, você controlava o que queria ouvir. Era uma ótima maneira de ter mais de 10 horas de música, sem precisar trocar o CD. Claro, tudo isso acabou com o MP3.

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  • DVD
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Esteve para o Laserdisc assim como os CDs estiveram para os LPs. Vieram pra substituir a antiga tecnologia, ocupando menos espaço e garantindo uma qualidade melhor. O grande trunfo do DVD é que ele é muito mais barato do que o Laserdisc, e também mais barato do que as fitas VHS originais, e isso tornou possível que as pessoas pudessem comprar seus filmes preferidos, e não apenas alugá-los. Graças a ele, as pessoas podiam colecionar suas séries favoritas com qualidade digital, o que era impossível até então. Infelizmente, novamente os hábitos de consumo mudaram muito nos últimos anos, e as pessoas deixaram de dar importância às mídias físicas, preferindo a praticidade do streaming. Assim, tanto o DVD quanto seu sucessor, o Blu-Ray, ficaram obsoletos da noite para o dia.

 

  • Gravador de DVD
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O gravador de DVD de mesa veio substituir o vídeocassete, mas nunca chegou a fazê-lo. Em primeiro lugar, eles eram caros, então as poucas pessoas que queriam gravar alguma coisa do ar, simplesmente mantinham seus videocassetes. Quem se aventurava em investir num aparelho desses estava pensando adiante, e convertendo suas antigas fitas de vídeo para o formato DVD, que era menos suscetível a problemas mecânicos, ocupava menos espaço e durava mais. Mas o DVD também logo foi deixado de lado quando as pessoas perceberam que podiam guardar seus vídeos em HDs externos ou pendrives. Hoje, quem ainda insistir em tentar encontrar um bom gravador de DVD de mesa, vai ter muito trabalho pra conseguir.

 

  • Mp3 Player Portátil
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A música digital tinha vindo pra ficar. Um reprodutor de MP3 pode conter de vinte a 20 000 músicas, dependendo da sua configuração e do seu preço, tudo ao toque dos dedos. Os players desse tipo teriam uma vida mais longa, se não fosse a praticidade dos smartphones, que têm memória expansível e podem conter até mais de 50 000 músicas com a tecnologia atual, e que certamente será suplantada em breve. Mas a triste verdade é que poucos usuários de smartphones dão valor às músicas que podem ter em seus gadgets. Eles preferem gravar vídeos e tirar fotos. Assim, não foi só o MP3 player que morreu. O hábito de ouvir música digital infelizmente também.

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