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Por onde anda Paula Saldanha?

A jornalista que se tornou símbolo do inesquecível programa 'Globinho' sempre foi engajada em questões sócio-ambientais

Por Roosevelt Garcia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
4 dez 2017, 13h13

Em 1972, a Globo colocou no ar um programa inovador: uma espécie de telejornal direcionado às crianças, com notícias, dicas de livros e brincadeiras e também um desenho animado. Levada ao ar todas as manhãs, a atração se manteve com audiência satisfatória por cinco anos, quando aconteceu uma novidade.

Em 1977, Paula Saldanha passou a apresentar o programa, e revolucionou-o. Ela já era conhecida do público por participações no Fantástico e no Jornal Hoje, mas foi no Globinho que deixou sua marca mais profunda na história da televisão brasileira.

Logotipo do programa Globinho, em 1977 (Divulgação/Veja SP)

Com a ajuda do boneco Loyola, Paula deu ao Globinho a importância de um telejornal de verdade, com notícias atuais, programação de eventos, entrevistas e fatos interessantes da época, tudo direcionado às crianças e jovens, na linguagem deles.

Havia também a exibição de uma animação, geralmente de origem europeia, produções muito diferentes dos desenhos animados a que as crianças estavam acostumadas. Eram criações usando técnicas diferenciadas, como rabiscos e massa de modelar. Foi no Globinho que a Família Barbapapa e os gatinhos Mio e Mao se tornaram conhecidos no Brasil.

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Paula Saldanha e o boneco Loyola, na apresentação do Globinho (Divulgação/Veja SP)

Feito basicamente com a dedicação de Paula Saldanha, que criava as pautas, apresentava e saía a campo para reportagens externas, o programa era campeão em receber cartas dos espectadores, mais até do que os atores de novela, ídolos da emissora na época. Paula ficou no Globinho até 1983, quando foi extinto.

Ela sempre foi engajada na questão ecológica e sócio-ambiental. Já naquela época, Paula chamava a atenção dos jovens para este tema, abordando constantemente o assunto no Globinho, e também realizando documentários independentes, através de sua própria produtora, a RW Cine. Em 1991, ela criou a ONG Instituto Cultural Ecológico Terra Azul, que passou a se chamar Instituto Paula Saldanha em 2005.

Através dessa entidade, ela organizou expedições científicas, várias delas ao Rio Amazonas, destacando a importância deste rio para o planeta. As centenas de documentários sócio-ambientais realizados por meio de sua produtora foram usados nos anos 80 e 90 no Fantástico, nos programas Terra Azul  e Programa de Domingo da Rede Manchete, e em diversas séries exibidas nas TVs Cultura de São Paulo, Educativa do Rio, e o canal público TV Brasil.

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Ao lado do marido, o biólogo Roberto Werneck, com quem produz a série Expedições (Divulgação/Veja SP)
Autora de mais de quarenta livros, Paula hoje se volta à presidência do instituto que leva seu nome, e também apresenta a série Expedições, na TV Brasil, série que foi iniciada ainda em 1995, nos tempos da Manchete. Sempre muito dedicada, ela afirma que sua missão é deixar um legado às próximas gerações. Sem dúvida, ela está conseguindo!

Paula em 2015, com o prêmio Chico Mendes de Jornalismo, com o qual ela foi homenageada por seu trabalho como jornalista ambientalista (Divulgação/Veja SP)
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