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Os prós e os contras das fitas K7

A mídia está voltando com força total

Por Roosevelt Garcia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 24 Maio 2018, 14h37 - Publicado em 24 Maio 2018, 13h25

Uma notícia fez os mais saudosistas darem pulinhos de alegria: a exemplo dos discos de vinil, as fitas K7 pré gravadas voltaram a ser fabricadas no Brasil, e já tem até uma lista com as mais vendidas. Por mais de trinta anos essas fitinhas foram a maneira mais popular de a gente fazer nossa própria seleção de músicas. Havia outras opções, como as fitas de rolo, mas elas estavam além do bolso da esmagadora maioria das pessoas. Assim, as pequenas e práticas fitas cassete, ou K7, como nos acostumamos a abreviar, eram usadas por todas as classes sociais, de gravadores de mão aos mais sofisticados tape-decks de rack.

Com a evolução tecnológica, novos tipos de fita foram surgindo, para melhorar a qualidade do som e diminuir os ruídos que insistiam em permanecer nas gravações, e permitir que nossas produções caseiras ficassem com uma cara mais profissional. A maior parte dos discos lançados entre as décadas de 70 e 80 tinham também a sua versão em fitas K7, muito práticas para quem queria ouvir no carro e não queria perder tempo gravando em casa. Além disso, fitas pré-gravadas tinham uma qualidade de áudio excepcional, coisa que dificilmente conseguíamos nas gravações caseiras, mesmo com equipamento mais sofisticado.

Quem conseguiu manter seu equipamento de som intacto nesses últimos anos da invasão digital, deve ter um bom tape-deck e pode voltar a apreciar essa arte que já estava quase esquecida. Quem resolver comprar agora equipamentos compatíveis, vai sofrer um pouco com o preço. Tanto as fitas, virgens ou pré-gravadas, quanto os equipamentos, tiveram uma valorização inesperada graças à volta dessa velha mídia.

Pra você que não sentiu na pele o que é ter sua coleção de músicas em fitas, ou pra você que viveu isso, mas nem se lembrava mais, eis aqui uma lista com algumas vantagens e desvantagens das fitinhas.

 

 PRÓS

  • Mídia analógica

Ainda hoje há os que não gostam do áudio digital, por acharem que ele é “pasteurizado” demais. Os mesmos fãs que preferem o som redondo e agradável dos discos de vinil, também apoiam o áudio das fitas K7.

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  • Manutenção de seus “arquivos”

Numa fita K7, se ela se quebra, ou tem uma parte inutilizada, é só emendar naquele ponto e continuar ouvindo. Se você tem qualquer problema em um arquivo digital, seja em CD ou MP3, o arquivo fica indisponível e você não ouve mais nada.

(Reprodução/Veja SP)

 

  • Capas

Fazer as capas personalizadas era uma parte importante na preparação das nossas fitas pessoais.  Claro que isso também poderia ter sido feito na época dos CDs graváveis, mas ninguém mais tinha esse hábito. Foi uma coisa típica da geração das fitas.

(Reprodução/Veja SP)

 

  • Estética

Nos tempos em que os aparelhos de som eram os equipamentos mais modernos que podíamos ter em casa, existiam verdadeiras obras de arte tecnológicas para a reprodução de músicas, e os tape-decks eram sem dúvida a peça mais vistosa de qualquer rack. Sabendo disso, fabricantes de fitas lançavam produtos esteticamente bonitos e que ajudavam a dar um visual caprichado ao conjunto, como as fitas da Gradiente que imitavam carreteis de rolo.

(Reprodução/Veja SP)
  • Componente emocional

A fita K7 foi parte da vida de todo mundo que curtia música por mais de trinta anos, e está no coração dessas pessoas. Música digital sem dúvida tem mais qualidade e praticidade, mas manusear uma fita fazia parte do ritual de se ouvir música.

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CONTRAS

  • Gravação em tempo real

Para uma música de cinco minutos de duração, você vai levar cinco minutos pra gravar. Nos anos 90, chegaram a ser lançados aparelhos que duplicavam fitas em velocidade acelerada, mas a qualidade final ficava muito comprometida. Equipamentos profissionais fazem esse processo de duplicação de fitas mais rapidamente, mas se você vai gravar em casa, tem que ser em tempo real.

 

  • Pular para a próxima faixa

O avanço para a próxima música não é rápido, como num CD, por exemplo. A fita tem que ser avançada manualmente até a próxima faixa, isso admitindo-se que existe uma anotação de onde começa cada música. Caso não exista, tem que procurar de trecho em trecho.

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  • Deterioração

As propriedades magnéticas da fita vão se deteriorando com o tempo, tornando o som mais “apagado”. Isso independe do cuidado com o armazenamento e o manuseio, as fitas simplesmente perdem suas características magnéticas com o passar do tempo.

 

  • Mofo

As fitas podem mofar, dependendo de como e onde são armazenadas, e a limpeza não é fácil de fazer, quando é possível. Além disso, as muitas partes mecânicas no interior da fita podem travar o quebrar com o tempo.

 

  • Duplicação

Cópia de uma fita para outra gera uma enorme perda de qualidade.

Mesmo que as “vantagens” de se usar uma fita K7 sejam mais emocionais do que práticas, cabe dizer que o mercado também leva em consideração este tipo de apelo. Tanto que a venda de fitas K7 vem subindo recentemente, e em alguns lugares do mundo até já supera a venda de CDs.

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