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O torneio Desafio ao Galo

O campeonato amador que ficou mais de 20 anos no ar revelou grandes jogadores e narradores

Por Roosevelt Garcia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
27 jun 2018, 15h53

Já que futebol é o assunto do momento, vamos recordar um evento esportivo que foi muito tradicional nas manhãs de domingo nas décadas de 70 e 80: o campeonato de várzea Desafio ao Galo, transmitido ao vivo por mais de 20 anos pela TV Record.

Torcida sempre animada no torneio (Reprodução/Veja SP)

 

Foi no início dos anos 70 que Nilton Travesso e Antonio Augusto Amaral de Carvalo, o Tuta, criaram o campeonato de várzea que se tornaria uma das marcas registradas da emissora. A ideia era difundir o futebol de várzea, tão presente na cultura popular, criando um campeonato televisionado em que times formados em bairros ou até em empresas pudessem competir entre si, e por que não, revelar craques que poderiam estar escondidos nos times amadores.

GDR Sete de Setembro, da Água Rasa, em 1978 (Reprodução/Veja SP)

 

Em cada semana, dois times se enfrentavam, e o vencedor, apelidado de “Galo”, jogava na semana seguinte com um time sorteado, que era o desafiante ao “Galo”, daí o título do torneio. As partidas eram disputadas inicialmente no campo do Juventus, na Rua Javari, e depois passaram a ser no CMTC Clube, no Pari. Caravanas inteiras de torcedores eram formadas e seguiam para apoiar o time do seu bairro. Os times que mais venceram durante o ano eram selecionados para disputar um outro torneio no final de cada ano, chamado de Super Galo, que consagrava o campeão absoluto da temporada.

GR Martinica, um dos times mais tradicionais do torneio (Reprodução/Veja SP)

 

Jogadores que se profissionalizaram depois, começaram atuando no Desafio a Galo, como Casagrande, Viola, Denílson e Juninho Paulista. O capitão do penta Cafu também iniciou sua carreira nesse torneio. Diz a lenda que Telê Santana, então técnico do São Paulo, viu Cafu atuando no Desafio ao Galo e o convidou para treinar no tricolor do Morumbi.

 

O torneio amador não revelou somente jogadores. Muitos dos narradores e repórteres que trabalhavam nas transmissões das partidas seguiram carreira na televisão. Um bom exemplo é Fausto Silva, que era repórter de campo e depois narrador do Desafio ao Galo, assim como Alberto Helena Júnior. O apresentador da Globo Thiago Leifert também começou como repórter de campo.

Tiago Leifert e Fausto Silva nos tempos do Desafio ao Galo (Reprodução/Veja SP)

 

O Desafio ao Galo ficou pouco mais de 20 anos no ar, sendo extinto em 1996. Foi um grande sucesso de audiência na Record nas manhãs de domingo por tornar ainda mais popular o esporte mais popular do país.

 

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