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A história do Edifício Copan

Um dos cartões postais de São Paulo foi criado para um aniversário da cidade

Por Roosevelt Garcia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 25 jan 2018, 11h09 - Publicado em 25 jan 2018, 11h09
 (Reprodução/Veja SP)
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Em 1951, a prefeitura de São Paulo encomendou ao escritório de Oscar Niemeyer projetos para a cidade, por ocasião do quarto centenário da cidade que seria comemorado três anos depois. O Edifício Copan foi um dos projetos apresentados pelo conhecido arquiteto, inspirado no Rockfeller Center de Nova York, um edifício que reuniria um grande centro comercial e também residências. Niemeyer criou um projeto em curvas, destoando dos edifícios convencionais, todos em ângulos retos.

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Construção do edifício (Reprodução/Veja SP)

Apesar do grande esforço, quando o aniversário de 400 anos da cidade chegou, em 1954, a iniciativa ainda não estava terminada. O Banco Nacional de Investimentos, responsável pelo repasse dos investimentos na obra, foi liquidado pelo governo federal, e a obra ficou estagnada por três anos, só sendo retomada em 1957, quando o Bradesco assumiu o projeto.

Diversas mudanças no projeto original fizeram Niemeyer se desinteressar pela continuidade do trabalho, cuja execução acabou sendo entregue ao arquiteto Carlos Lemos. Retomada a obra, o edifício teve sua inauguração somente em 1966, e apenas a parte externa acabou creditada a Niemeyer, já que toda planta interior foi alterada.

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(Reprodução/Veja SP)
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O Copan, então, passou a ser símbolo de modernidade na capital paulista. Na década seguinte, no entanto, o centro da cidade foi perdendo seu charme e o edifício entrou em decadência, sendo por muito tempo considerado uma espécie de cortiço. Isso mudou radicalmente nos anos 80, com a revitalização da área central. O Copan ganhou novo fôlego e passou a receber moradores de classes média e alta, interessados em morar em uma região bem localizada a um custo razoável.

Seus 1160 apartamentos são divididos em blocos, e cada um deles comporta um tipo de moradia. Há desde quitinetes até apartamentos de alto nível com três dormitórios. Desde os anos 80, o condomínio é administrado pelos próprios moradores. Esta foi a principal razão que fez o Copan se revitalizar. O prédio ainda hoje é a maior estrutura de concreto armado do Brasil, com mais de 120 000 metros quadrados de construções, e 115 metros de altura.

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(Reprodução/Veja SP)
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Seu centro comercial tem lojas de diversos ramos, de restaurantes de alto nível a copiadoras, e já abrigou até um cinema nos anos 70. O Copan é um mundo à parte, costumam dizer seus moradores. Diversos livros já foram escritos sobre ele, e mesmo numa era tecnológica como a que vivemos, as curvas sensuais do prédio ainda nos atraem. Ele foi um presente atrasado para os 400 anos da cidade, mas este é um daqueles presentes que duram para sempre.

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