Vinho e Algo Mais Por Por Marcelo Copello Especialista na bebida, Marcelo Copello foi colunista de Veja Rio. Sua longa trajetória como escritor do tema inclui publicações como a extinta Gazeta Mercantil e livros, entre eles "Vinho e Algo Mais" e "Os Sabores do Douro e do Minho", pelo qual concorreu ao prêmio Jabuti
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Pinot noir desponta no Chile

Novos vales passaram a produzir a uva e os vinhos se mostram cada vez melhores

Por Marcelo Copello
Atualizado em 28 mar 2022, 17h53 - Publicado em 25 mar 2022, 06h00
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  • Em recente visita ao Chile, pude degustar cerca de 350 vinhos de regiões de norte a sul do país de estreita silhueta. Uma das gratas surpresas desse panorama foram os tintos de uvas pinot noir.

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    Sou um apaixonado pelos grandes vinhos da Borgonha, origem dessa casta, e, como tal, bastante exigente — confesso que, às vezes, até um pouco cético quando se trata dessa cepa. Nas últimas três décadas, venho acompanhando a evolução dos pinot chilenos. Quem os provava até alguns anos atrás sentia muita fruta, madeira, álcool, mas pouco frescor, elegância, refinamento, mineralidade e, sobretudo, pouca tipicidade da temperamental uva borgonhesa.

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    Essa última amostragem que tive me faz poder afirmar que os melhores que provei estão chegando a um patamar de alta qualidade, com exemplares refinados, que já superam a maioria dos Borgonhas de entrada. Essa transformação, contudo, não aconteceu da noite para o dia. Como quase tudo o que se refere à elaboração de vinhos, é resultado de um processo lento, que, por vezes, demora anos e implica ajustes constantes em várias etapas da produção.

    As mudanças começam nos vinhedos, com novos clones, aprimoramento de seu manejo (posição em relação ao sol, poda, rendimento — menos uva por hectare), colheita às vezes antecipada, com o objetivo de entregar uvas de maturação perfeita (maduras, mas não sobremaduras) e retendo melhor a acidez natural.

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    Depois, na transformação das frutas em vinho, com macerações mais curtas e com menos intensidade de barricas novas, por exemplo. A grande mudança foi, no entanto, a escolha de novos vales para produzir.

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    Os melhores pinot noir provados nessa viagem vieram de áreas mais frescas. Do norte, os destaques foram alguns exemplares do Vale de Limarí, como P.S. Garcia e o Amelia da Concha y Toro, e do Atacama, o Tara da Ventisquero.

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    Da região costeira, mais próxima às águas frias do Oceano Pacífico, provei diversos exemplares de alto padrão como os magníficos Ventolera, do Vale de Leyda, e Terranoble e Casas del Bosque, do Vale de Casablanca. Mas foi do extremo sul que vieram as maiores descobertas — do Vale de Malleco, já próximo à Patagônia, me encantei com os pinot da Morandé e P.S. Garcia.

    Veja, abaixo, dois vinhos para provar.

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    Duas garrafas de vinhos dispostas sobre fundo branco
    (Divulgação/Divulgação)

    Marques de Casa Concha Pinot Noir 2019.
    Custa R$ 158,71,. Compre na Wine.

    Casas Del Bosque Winemakers Selection Pinot Noir Valle de Casablanca D.O. 2020.
    Custa R$ 99,90. Compre na Evino.

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