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Vinho e Algo Mais

Por Por Marcelo Copello Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Especialista na bebida, Marcelo Copello foi colunista de Veja Rio. Sua longa trajetória como escritor do tema inclui publicações como a extinta Gazeta Mercantil e livros, entre eles "Vinho e Algo Mais" e "Os Sabores do Douro e do Minho", pelo qual concorreu ao prêmio Jabuti
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Conheça tintos toscanos feitos com uvas francesas

Bebida italiana é elaborada com cepas como cabernet sauvignon

Por Marcelo Copello
Atualizado em 1 abr 2022, 10h44 - Publicado em 1 abr 2022, 06h00
Imagem dos vinhos citados na matéria
 (Divulgação/Divulgação)
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Até a década de 60, a maioria dos vinhos italianos (com raras exceções) era de qualidade inferior. Na Toscana, o início dos anos 70 foi difícil, com safras de qualidade mais baixa e problemas de superprodução.

O chianti, vinho mais conhecido da região, estava em baixa. Era preciso melhorar a qualidade e as leis de produção eram rígidas e dificultavam inovações. Até essa época era, por exemplo, obrigatório utilizar uvas brancas no chianti e proibido qualquer casta estrangeira.

Nesse contexto, surgiram os vinhos apelidados de supertoscanos — tintos que desafiavam as regras e utilizavam castas francesas, como a cabernet sauvignon. A primeira safra do Sassicaia foi a de 1968 e a do Tignanello, a de 1971, ícones do estilo.

Depois vieram mais grandes nomes, como Solaia, Ornellaia, L’Apparita e Masseto, entre outros. Hoje, as leis locais de produção foram atualizadas e é permitido o uso de castas francesas, que são amplamente utilizadas e combinadas à principal cepa local, a sangiovese, que garante um caráter italiano às misturas — dá acidez aos tintos, que ficam mais gastronômicos (bons de combinar com comida).

As uvas estrangeiras deixam os vinhos mais adaptados ao gosto internacional. Merlot e syrah, por exemplo, agregam redondez e fruta, enquanto a cabernet sauvignon aporta taninos e longevidade.

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Vale destacar também que, enquanto os famosos supertoscanos são vinhos potentes, de longa guarda e preços elevados, é possível encontrar tintos da Toscana com frutas estrangeiras, mais leves e de preço menos inflado, para consumo cotidiano, como os que propomos hoje.

La Mora Maremma Toscana Rosso
Elaborado com cabernet sauvignon (50%), merlot (30%) e syrah (20%), com passagem parcial por carvalho por quatro meses. De cor vermelho rubi entre clara e escura. Aroma frutado, com framboesas, cerejas, terra, baunilha, couro. Paladar macio, estrutura leve de taninos doces, acidez equilibrada. Simples e fácil de beber. R$ 88,12, na Wine.

Villa Antinori Rosso Toscana
Elaborado com sangiovese, cabernet sauvignon, petit verdot, merlot e syrah, passa doze meses em barricas de carvalho francês, americano e húngaro. De cor rubi violácea. Aromas de cerejas, ameixas, couro, terra. Paladar de médio-bom corpo, boa acidez e taninos macios. R$ 349,90, na Evino.

Molino di Sant’Antimo Asso Toscana
Elaborado com sangiovese e merlot, tem doze meses de amadurecimento em carvalho francês. Aroma de cerejas, framboesas, baunilha, chocolate, especiarias, café. Paladar de médio corpo, taninos macios e acidez moderada. R$ 149,90, na Evino.

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Il Poggione Rosso Toscana
Elaborado com sangiovese, merlot, cabernet sauvignon, estagia oito meses em barricas de carvalho francês. Aroma de frutas vermelhas, baunilha, couro. Paladar de leve e médio corpo, taninos macios, acidez moderada. Simples e fácil de beber. R$ 179,90, na Evino.

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