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Por Por Marcelo Copello
Especialista na bebida, Marcelo Copello foi colunista de Veja Rio. Sua longa trajetória como escritor do tema inclui publicações como a extinta Gazeta Mercantil e livros, entre eles "Vinho e Algo Mais" e "Os Sabores do Douro e do Minho", pelo qual concorreu ao prêmio Jabuti
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Vinhos em latas estão em alta

Saiba mais sobre a embalagem, que vem conquistando espaço no mercado

Por Marcelo Copello
15 jul 2022, 06h00

Vinho em lata não é uma coisa nova. Segundo o Guinness Book, a maior coleção da bebida nessa embalagem pertence ao norte-americano Allan Green, que possui 449 exemplares, com datas a partir de 1936. As antigas traziam, contudo, um indefectível gosto metálico. O que evoluiu nos últimos tempos foi o revestimento interno, uma tecnologia que foi aperfeiçoada nas últimas décadas: um spray de material neutro à base de epóxi, resistente à corrosão pelo álcool e acidez e que evita que o líquido entre em contato com o metal.

Sua eficácia foi posta à prova pela primeira vez em 2019, quando uma pesquisa foi realizada pela WIC Research (WICresearch.com). Nela, 86 pessoas provaram às cegas quatro amostras, cada uma em duas versões. O mesmo vinho foi envasado em lata e em garrafa. Como resultado, 46,5% preferiu a opção em lata, 48,5% em garrafa e 5,8% não viu diferença entre as amostras.

No Brasil, a marca pioneira no formato é a Vivant, que chegou ao mercado em 2019. “A empresa cresceu cerca de dez vezes nos últimos dois anos. Em 2022, estamos mais que dobrando os investimentos em marketing, com expectativas de dobrar o faturamento de 2021”, celebra o cofundador Alex Homburger. No Brasil, não há números específicos desse mercado, mas, segundo Homburguer, nos EUA o tamanho do segmento multiplicou-se por dez em quase uma década, indo de US$ 2 milhões, em 2012, para US$ 253 milhões, em 2021.

Como foi noticiado, a pandemia alavancou as vendas de vinhos no Brasil, causando escassez de vidro e criando uma oportunidade para as latas. Além disso, esse envase traz algumas vantagens, além do menor custo. A praticidade é enorme. É mais fácil de transportar, de gelar, de abrir, dispensa saca-rolhas e copos. Os fabricantes sugerem que, para ter a experiência autêntica, o líquido deve ser consumido diretamente da lata. Outro ponto importante, principalmente para os jovens, da geração Z, foco desse segmento e mais preocupada com o planeta, é o fato de o alumínio ser menos agressivo que o vidro. E no vinho o vidro é um grande peso na balança ecológica. Cerca de 30% da emissão de carbono na produção da bebida vem da fabricação das garrafas.

Essa tendência do mercado é tão forte que um gigante do e-commerce, a Evino, mergulhou de cabeça na onda. “A linha Vibra! surgiu de nossa vontade de inovar e explorar um formato novo, aderente aos hábitos da nova geração, sustentável e perfeito para ocasiões de consumo em ambientes externos”, relata Ari Gorenstein, cofundador da Evino. “Desde o lançamento, em 2020, tivemos 90 000 vinhos e coquetéis à base de vinhos em latas vendidos.”

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Vibra!. Disponível em latas de 269 mililitros nas versões frisante, branco, rosé e tinto, elaboradas pela vinícola Góes, de São Roque, no interior do estado. O Vibra! Frisante é produzido com a casta glera (prosecco), é seco, gaseificado e tem 11% de álcool. O branco é feito com BRS lorena, é meio seco e tem 11% de álcool. O rosé (foto) leva um blend de castas, seco, gaseificado e tem 11% de álcool. O tinto é elaborado com cabernet sauvignon, é seco e tem 11% de álcool. R$ 119,90 (kit com seis unidades), na Evino.

Vivant. Produzidos pela Quinta Don Bonifácio da Serra Gaúcha (RS), vêm em latas de 269 mililitros. O tinto é elaborado com as castas merlot e cabernet sauvignon, com graduação alcoólica de 12,5%. O rosé (foto) também é seco, e um corte de syrah e pinot noir, com 11,5% de teor alcoólico. O branco é um chardonnay, com 11,5% de álcool, igualmente seco. R$ 69,30 (kit com três unidades), nas Americanas.

Arya. Em latas de 269 mililitros (exceto o espumante, de 250 mililitros), vem nas versões branco, rosé, tinto e espumante. Todos são elaborados com uvas da Serra Gaúcha e são secos. O prosecco brut é produzido com uva glera e tem 11% de álcool. O branco é um corte de sauvignon blanc, trebbiano, riesling itálico, chardonnay e moscatel, com 11% de álcool. O rosé é seco e um blend de pinot noir, merlot e trebbiano, com 11% de álcool. O tinto (foto) é seco, corte de merlot e pinot noir, com 12,5% de álcool. R$ 21,60, na Wine.

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