‘Vermelho Branco e Sangue Azul’: romance não aproveita seu potencial
Filme disponível no Prime Video traz casal com boa química, mas algumas reviravoltas nada empolgantes
✪✪ Reflexo da maior diversidade nas telas do streaming e do cinema, romances LGBTQIAPN+ ganham cada vez mais espaço no audiovisual. Um exemplo recente é Vermelho Branco e Sangue Azul, filme disponível no Prime Video adaptado do livro homônimo.
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A obra original fez tanto sucesso em 2019, ano de sua publicação, que não demorou muito para que a história de amor entre Alex e Henry fosse parar em outra mídia. O grande porém é que o filme, dirigido por Matthew Lopez, carece de elementos que envolvam o espectador de forma mais espontânea. Tudo parece fictício demais.
Apesar da boa química entre os personagens Alex Claremont-Diaz (Taylor Zakhar Perez), filho da primeira mulher presidente dos Estados Unidos (Uma Thurman), e o príncipe britânico Henry (Nicholas Galitzine), o ritmo do longa é um tanto insosso. Ainda que o relacionamento dos jovens cative por essa atração inesperada e um tanto explosiva, o andamento do relacionamento possui reviravoltas nada empolgantes.
O contraste entre a democracia norte-americana e a realeza britânica, em teoria, seria o fator mais instigante do longa pelo fato de os países serem tão diferentes. Mas não é bem isso o que acontece. O resultado é uma comédia romântica que tinha tudo para se destacar, mas não acabou sendo tão cativante como o esperado.
Publicado em VEJA São Paulo de 01º de setembro de 2023, edição nº 2857