‘Velozes e Furiosos’: franquia perdeu sentido, mas ainda gera entretenimento
Décimo filme da saga protagonizada por Vin Diesel já está em cartaz nos cinemas
✪✪ Velozes & Furiosos chegou aos cinemas em 2001 com um único objetivo: entreter o público com carros “tunados” e corridas eletrizantes.
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Passados mais de 20 anos, a franquia evoluiu a níveis quase absurdos, não se contentando aos duelos nas pistas para, assim, alcançar missões secretas e vilões dos mais diversos. Não só a quantidade de personagens cresceu como a complexidade de suas histórias também – desde o princípio, com o tema da importância da família em seu cerne.
Acaba de chegar aos cinemas o décimo capítulo de uma saga que, em tese, já era para ter sido finalizada, mas que é nutrida pelo carinho dos espectadores. Velozes e Furiosos 10, com elenco liderado por Dom Toretto (Vin Diesel tomou as rédeas da franquia após a morte do ator Paul Walker, em 2013), traz um dos enredos mais frenéticos deste universo.
O roteiro faz referências diretas a Velozes & Furiosos 5: Operação Rio e encontra o Brasil novamente (infelizmente, a visão é equivocada ao destacar músicas cantadas em espanhol, armas e atores portugueses, não brasileiros). O antagonista da vez é Dante (Jason Momoa), que quer se vingar de Toretto e não mede limites para atingi-lo.
Essa nova briga traz cenas de perseguições e explosões em Roma e outros lugares do mundo, mas o resultado é desproporcional e, ao fim da sessão, fica a sensação de que, agora, há ação exagerada e pouquíssimo impacto emocional.
Publicado em VEJA São Paulo de 24 de maio de 2023, edição nº 2842