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Filmes e Séries - Por Barbara Demerov

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‘Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo’ narra jornada épica e reflexiva

Lançamento dos diretores Daniel Kwan e Daniel Scheinert (de Um Cadáver para Sobreviver) traz aventura com mensagem singular

Por Barbara Demerov
Atualizado em 13 mar 2023, 11h33 - Publicado em 24 jun 2022, 06h00
Imagem mostra mulher fazendo movimento com a mão, vestindo roupa rosa
Michelle Yeoh estrela 'Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo' (Crédito/Divulgação)
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✪✪✪ Por fora, uma grande aventura. Por dentro, um poço de reflexão. ‘Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo’ condiz perfeitamente com seu título e entrega uma sucessão de informações valiosas quase simultaneamente, transformando a experiência do espectador em algo realmente singular.

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O filme está em cartaz nos cinemas, tem direção de Daniel Kwan e Daniel Scheinert (dupla que comandou Um Cadáver para Sobreviver), e é daqueles títulos feitos para se ver na tela grande. Apesar de trabalhar com o conceito do multiverso (termo que a Marvel ajudou a estabelecer com frequência em suas produções) e, portanto, não garantir a novidade de seu significado, a produção brilha pela execução.

A direção de arte, montagem e fotografia estão alinhadas para construir um mundo plural, repleto de idas e vindas e possibilidades das mais irreais. Universos diferentes se colidem com a história de uma mãe, Evelyn (a excelente Michelle Yeoh), que trabalha em uma lavanderia com o marido e lamenta por não ter direcionado a vida da forma que gostaria. Parece simples, mas essa é a base de tudo.

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Com o carinhoso Waymond (Ke Huy Quan), tem uma filha chamada Joy (Stephanie Hsu). Ao mesmo tempo que nutre amor por ela, Evelyn luta contra uma barreira que dificulta a existência de uma relação tranquila. A protagonista, chinesa, ainda tem de lidar com a dificuldade de declarar seu imposto de renda nos Estados Unidos.

É no meio de problemas pessoais (incluindo um possível divórcio) e profissionais que Evelyn se vê no centro do multiverso. Repentinamente, conhece outra versão do marido que a auxilia a prosseguir com uma missão peculiar.

Ela não possui habilidades, tampouco é uma “super-heroína”, mas vai ganhando a confiança de que pode ser a única pessoa capaz de salvar o seu mundo (e todos os existentes) de uma grande ameaça. As cores, os efeitos especiais e a mensagem final — simples, mas que vai direto ao coração — valem o ingresso.

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Publicado em VEJA São Paulo de 29 de junho de 2022, edição nº 2795

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