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A música e o teatro impulsionam ‘O Coro’, nova série do Disney+

'O Coro: Sucesso, Aqui Vou Eu' tem Miguel Falabella como criador e diretor - e São Paulo como personagem

Por Barbara Demerov
23 set 2022, 06h00

Uma seleção do que há de melhor na MPB para as novas gerações, com muito teatro e uma São Paulo que vai além dos cartões-postais. Essa é a receita da série O Coro: Sucesso, Aqui Vou Eu, cuja estreia no Disney+ acontece em 28 de setembro.

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Criada e dirigida por Miguel Falabella, a trama acompanha um grupo de jovens adultos que, ao encarar o teste de elenco para uma famosa companhia de teatro musical brasileira, veem a chance de alcançar sonhos profissionais. Serão dez episódios ao todo, com Falabella fazendo uma participação como o produtor que lança as audições.

Teatro Alfa, em Santo Amaro: uma das principais locações
Teatro Alfa, em Santo Amaro: uma das principais locações (Disney+/Divulgação)

“Sempre foi uma vontade falar do meu universo. Já dirigi doze musicais e sempre me fascinou esse processo de audição, de escolha”, explica. Ele conta que sua maior preocupação ao criar O Coro era resgatar o que há de melhor na música nacional. Resgate, aliás, é a palavra que mais se encaixa no tom da produção.

Chico Buarque, Milton Nascimento, Pixinguinha, Rita Lee, Raul Seixas, até chegar aos destaques do sertanejo: tudo se combina ao longo dos capítulos. “A gente não pode perder os pilares da nossa formação musical.” Falabella imaginou uma série em que cada episódio faria uma homenagem a um gênero ou uma época específica. E os personagens que criou são inspirados em pessoas que conheceu ao longo da vida.

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Falabella dirige o ator Daniel Rangel
Falabella dirige o ator Daniel Rangel (Disney+/Divulgação)

Sara Sarres, Karin Hils, Lucas Wickhaus, Daniel Rangel, Mica Diaz, Gabriel Hipólyto, Graciely Junqueira, Carolina Amaral, Rhener Freitas, Gabriella Di Grecco, Bruno Boer, Guilherme Magon e Magno Bandarz compõem o vasto elenco. “Foi uma experiência inédita, pois os meus personagens, dessa vez, não são tão bizarros. Eles não são donos de funerária ou maquiadoras alcoólatras”, diz, bem-humorado.

Falabella ressalta que o processo de ensinar aos jovens as artimanhas do ofício, durante as filmagens, foi bem agradável. “Estou passando a tocha, assim como tive quem me ensinasse. Trabalhei anos com Marília Pêra. Costumo dizer que eu tive masterclasses o tempo todo”, relembra. Ele também está animado por trabalhar com o streaming, tendo já uma segunda série a ser produzida no Disney+: O Som e a Sílaba, baseada na peça de sua autoria. “No streaming, aposta-se na originalidade. Eles foram receptivos com as minhas propostas. Depois de receber tantos ‘nãos’, fui bem acolhido”, conta.

A cidade de São Paulo também brilha na série O Coro
A cidade de São Paulo também brilha na série O Coro (Disney+/Divulgação)

Já entre suas ideias para O Coro, também estava a de capturar uma São Paulo que saísse do óbvio e refletisse a visão de quem acaba de chegar. “Eu sou carioca, mas vivo aqui há muitos anos. A cidade foi um aprendizado para mim e ainda lembro de como me senti quando me mudei. ‘A dura poesia concreta de tuas esquinas’”, diz, parafraseando um trecho de Sampa, canção de Caetano Veloso.

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O diretor ainda conta que algumas das cenas mais impactantes foram filmadas no Teatro Alfa, que emana a grandeza do ofício. “Nós tivemos uma direção de arte cuidadosa, um figurino muito bonito… Também filmamos no Beco do Batman e naqueles prédios dos anos 50 em Higienópolis.” Sobre a expectativa para a estreia, Falabella se apoia no impacto que a música possui.

“Se não inspirar as pessoas, embalar seus corações certamente vai.” Ele defende a ideia de que a base do teatro musical está em São Paulo. “A cidade canta. Para os jovens que buscam seguir essa área, aqui é o lugar.” O diretor diz se sentir orgulhoso por comandar O Coro nesse momento que considera “tão difícil”. “É importante que a série venha para reafirmar a necessidade da cultura. O teatro é o espelho da civilização. É nas manifestações de arte que se discutem temas relevantes. É onde a vida avança.” ■

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Publicado em VEJA São Paulo de 28 de setembro de 2022, edição nº 2808

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