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Filmes e Séries - Por Barbara Demerov

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Maligno é um dos exemplares mais certeiros do terror recente

Longa dirigido por James Wan (Invocação do Mal) está disponível na HBO Max e se aprofunda no horror psicológico

Por Barbara Demerov
5 nov 2021, 06h00
A imagem mostra uma mulher sentada no chão, com as mãos apoiadas para trás para se apoiar. Ele está com a expressão assustada em um ambiente escuro.
Em Maligno, mulher é assombrada por criatura obscura e misteriosa (warner bros. pictures/Divulgação)
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Maligno, filme dirigido por James Wan (Invocação do Mal), está disponível na HBO Max após ser exibido nos cinemas e é um dos exemplares mais certeiros do terror recente. Na trama, a protagonista Madison (Annabelle Wallis) se envolve em diversos casos de assassinatos brutais ao ter sonhos assustadores no momento em que eles acontecem. De início, ela não compreende sua ligação com os atos de violência, mas aos poucos vai recuperando algumas memórias que escondeu em seu próprio passado e relembra o que uma entidade chamada Gabriel é capaz de fazer.

Para impedir a misteriosa criatura de agir de maneira desenfreada, Madison tem o apoio da irmã, Sydney (Maddie Hasson), e de detetives dispostos a encontrar o assassino de uma vez por todas. Quando as informações vão se juntando como se formassem um enorme quebra-cabeças, a atmosfera em destaque é a do horror.

Wan, que possui títulos conhecidos em seu currículo — da franquia Jogos Mortais ao grandioso universo do herói Aquaman, da DC Comics —, mergulha profundamente no potencial que o gênero carrega quando este é bem trabalhado nas ambientações e, especialmente, na construção da tensão. As surpresas ao longo da narrativa não são poucas, mas cada uma delas faz sentido na conclusão da produção. O mesmo vale para as sequências que não economizam na violência e no sangue.

Todos os elementos combinados em Maligno constituem uma experiência intensa, amedrontadora e surpreendente. O diretor capricha na apresentação da ampla casa de Madison, assim como no hospital psiquiátrico que explora as origens de Gabriel.

Como resultado, o espectador passeia por referências indiretas a obras clássicas que marcaram gerações, como O Bebê de Rosemary e O Exorcista, de um jeito singular, que nunca retira a originalidade da história. No entanto, o último ato também dá espaço para eventos que testam a razão dos próprios personagens — algo um tanto esperado em histórias sobre assombrações. O diferencial, aqui, é a capacidade de Wan em entregar boas camadas de terror psicológico.

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Publicado em VEJA São Paulo de 10 de novembro de 2021, edição nº 2763

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