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Filmes e Séries - Por Barbara Demerov

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“Luísa Sonza é um grande talento da nova geração”, diz diretora de documentário

Isabel Nascimento Silva, diretora de 'Se Eu Fosse Luísa Sonza', fala sobre processo de criação e relacionamento com cantora

Por Barbara Demerov
Atualizado em 13 dez 2023, 15h38 - Publicado em 13 dez 2023, 09h00
A cantora Luísa Sonza
A cantora Luísa Sonza  (Hick Duarte/Netflix/Divulgação)
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Se Eu Fosse Luísa Sonza, série documental focada na vida da cantora e compositora Luísa Sonza, estreia na Netflix nesta quarta-feira (13).

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Em três episódios, a produção traz depoimentos de familiares e profissionais da sua equipe e do mercado da música, como seu diretor artístico Flávio Verne, Fatima Pissara (empresária e CEO da Mynd8), Zé Ricardo (curador do Rock in Rio e The Town). Além deles, sua família, amigos e o ex-parceiro Whindersson Nunes também falam sobre o impacto de Luísa em suas vidas.

Confira abaixo a entrevista da Vejinha com Isabel Nascimento Silva, diretora dos episódios.

Como se deu a idealização e roteirização da série documental?
Isabel: Dentro do meu trabalho na Conspiração e na Hysteria, que é um selo de criação que tem como objetivo contar histórias que tenham mulheres no centro das projetos, eu estou sempre buscando narrativas femininas potentes. Fazia algum tempo que acompanhava a Luisa e achava ela um grande talento da nova geração –  gostava das músicas, do estilo dela, da segurança e da força que ela se comunicava. Trabalhei junto com o departamento de Non Fiction da Conspiração no projeto e fomos atrás da Mynd e pedimos para nos apresentarem a Luísa e o Flavio Verne, diretor criativo que trabalha com a Luísa. Contamos para os dois que gostaríamos muito de fazer um documentário com eles e juntos fomos apresentar o projeto para Netflix, que se tornou nosso grande parceiro para contar não só a história da Luisa, mas trazer também reflexões sobre ódio, exposição e como a vida na internet afeta a saúde mental de um jovem.

Quais os principais desafios e aprendizados do início ao fim das gravações?
I: O que eu mais gosto em fazer documentários é que sempre surge um salto no desconhecido. Nos preparamos muito e estudamos, mas a realidade sempre se impõe e vai nos surpreender. Como a gente tava acompanhando a Luísa por muitas horas na casa dela, nos camarins, e nos momentos mais pessoais, a minha missão era criar um set íntimo. Mas cada projeto se dá de um jeito a depender de como a personagem lida com a nossa presença. E nessa série aos poucos a gente foi entendendo junto com a Luisa que era fundamental ser uma conversa entre mulheres, então evitamos o clima de depoimento e eu me tornar um deles para que ela ficasse à vontade com as câmeras e a equipe ali. Começamos a conversar constantemente e não só a filmar o que estava acontecendo.

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Como foi estar à frente da direção deste projeto? E como foi sua relação com a Luísa durante o período de filmagens?
I: Foi extraordinário. Foi uma produção cheia de desafios e alegrias, mas sobretudo de grandes encontros. Foi a primeira vez que trabalhei com a Luisa Sonza e com o time da Netflix. É raro ter trabalho que traz tantos encontros potentes e transformadores. Também foi a primeira vez que acompanhei a criação de um álbum de música desde sua origem. E ver a Luisa escrevendo as letras, fazendo melodia, se encontrando com outros músicos foi emocionante. Depois o álbum estourou e cada música ganhou um significado diferente. Luisa é muito focada, apaixonada por música, e a gente encontrou uma sintonia fina, uma troca artística sincera.

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