Filmes e Séries - Por Barbara Demerov

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Cultura & Lazer

Novos episódios de Hard encerram jornada de herdeira de produtora pornô

Em entrevista à Vejinha, a atriz Natália Lage fala sobre mudanças em seu modo de pensar após protagonizar produção brasileira

Por Barbara Demerov
20 ago 2021, 06h00

A imagem mostra Natálie Lage apoiada em uma mesa, dentro de um camarim, em cena da produção Hard.

Os seis últimos episódios da minissérie brasileira Hard já estão disponíveis na HBO Max. Natália Lage interpreta Sofia, uma viúva que descobre ser herdeira de uma produtora de filmes pornográficos chamada Sofix. Passado o susto, ela decide tomar a frente do negócio e sua rotina se transforma. À Vejinha, a atriz falou sobre a evolução da personagem e o final da trajetória.

Como foi lidar com a expectativa de assistir à última parte da série, já que as partes foram divididas?

É um trabalho que eu gostei muito de ter feito. Fiquei na ansiedade de ver porque nós filmamos toda a minissérie há três anos. Dá um misto de ansiedade e de um “ah, que pena”, porque o formato enfim está fechado. Além disso, fico feliz que Hard está disponível na HBO Max, pois acho mais acessível. Já avisei para todos os meus amigos assistirem aos episódios.

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Sente que seu olhar para com a personagem mudou de alguma forma?

Acho que minha cabeça se abriu junto com a de sofia, que tinha preconceito sobre a indústria pornô no início. A história acaba interferindo. Não é como se fosse um trabalho terapêutico, mas já que lido com emoções humanas, muitas coisas se abriram para mim. é lindo quando levamos alguma coisa de um trabalho que fazemos. O grande destaque da Sofia é que ela foi se revendo e se remodelando. ela é um espelho da sociedade que ainda pode ter preconceitos com a temática de Hard.

Você acha que a série tem a missão de desconstruir padrões e preconceitos?

O meu sonho é que as pessoas olhassem para a sofia e relativizassem seus preconceitos — e não só em relação à indústria pornô, porque esse é apenas um símbolo entre diversos preconceitos e posturas que temos na vida. Se a série tiver esse alcance, de abrir sua visão, para mim seria o melhor dos mundos.

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