Em Shadow, visual marcante e sequências de ação se sobressaem
Dirigido por Zhang Yimou, filme estreia em 12 de agosto nos cinemas
Shadow, do diretor Zhang Yimou, é um conto épico de ação e fantasia ambientado na China, durante o período dos Três Reinos (220-280 DC) e traz uma premissa interessante: naquele tempo, haviam homens “sombra” que substituíam aristocratas em tempos de perigo. Ao mesmo tempo, as mulheres, que se sentem deslocadas, procuram por um lugar de redenção.
Após lançar A Grande Muralha (2017), com Matt Damon, Yimou entrega uma obra sólida e com personalidade – características que não estão presentes em seu filme anterior. A fotografia de Shadow, como o esperado devido ao título (“Sombra”, em português), é marcada por tons de cinza, branco e preto praticamente do início ao fim.
O visual é um dos maiores méritos do filme, que estreia nos cinemas em 12 de agosto com distribuição da PlayArte. Aliado a isso e à inspiração originada de pinturas chinesas, as sequências de ação são bem coreografadas e fogem da fantasia exacerbada em produções do gênero, trazendo um resultado interessante nas lutas mais brutais.
O mistério também é uma característica representativa em Shadow. Ao longo da narrativa, os personagens apresentam reviravoltas relacionadas a ambição, poder e glória. O desenrolar do filme é satisfatório em termos de ritmo, mas seu desfecho mais parece interromper a emoção e o crescimento linear visto até ali. Como um todo, Shadow vale por sua intensa experiência visual e por ser mais um digno exemplar do cinema fantástico chinês.