‘Don’t Make Me Go’: filme possui ideia boa, mas mal executada
Uma das boas notícias é que John Cho (Star Trek), que vive o pai da garota, entrega atuação minimalista, reafirmando sua versatilidade como artista

✪✪ Uma viagem de carro pelo interior dos Estados Unidos entre pai e filha é o pano de fundo para a história de Don’t Make Me Go, disponível no catálogo do Amazon Prime Video também com o nome de Não Me Diga Adeus.
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Diagnosticado com uma doença terminal, Max Park, interpretado pelo experiente John Cho (Star Trek), propõe à sua filha, a rebelde adolescente Wally, vivida pela novata Mia Isaac (Not Okay), ir com ele na viagem, sobre o pretexto de rever os amigos de faculdade, mesmo a total contragosto da garota.
Max esconde a real motivação: fazer com que a adolescente conheça a sua mãe, que fugiu ainda quando ela era um bebê. Embora conte com uma interpretação consistente de Cho, a trama é monótona na maior parte de seus 109 minutos.
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Mesmo os encontros, aventuras e desventuras da estrada, elementos que dão as principais deixas para alguns dos melhores momentos dos road movies, categoria em que se enquadra a película, Don’t Make Me Go não decola. A ideia de ver como Max corre contra o tempo para ensinar a Wally tudo que a filha precisa saber antes de ele partir, talvez numa tentativa de amadurecimento acelerado, é boa. O problema é como foi executada, com contornos simplistas, rasos, parecendo que pai e filha sempre foram estranhos entre si. Tem final surpreendente, o que pode emocionar, mas nada disso esconde a frágil trama.
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Publicado em VEJA São Paulo de 5 de agosto de 2022, edição nº 2801