De Volta aos 15: Série com toques de De Repente 30 promete emocionar o público
Série inspirada em livro homônimo de Bruna Vieira é uma das novidades do catálogo; leia entrevista com João Guilherme e Klara Castanho, que integram elenco
De Volta aos 15, série inspirada no livro homônimo de Bruna Vieira, estreia nesta sexta-feira (25) na Netflix e, entre as estrelas no elenco, traz nomes como Maisa e Camila Queiroz. A história é ambientada em linhas temporais diferentes: uma em 2006, outra em 2021.
Na trama, Anita (interpretada por Maisa na fase jovem e por Camila na fase adulta) vive uma jornada de autodescoberta e amadurecimento ao descobrir que é capaz de viajar no tempo e modificar certas escolhas que fez aos 15 anos.
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Já adulta e morando na cidade de São Paulo, a personagem é julgada por falar sempre o que pensa a fim de ajudar as pessoas que ama. Quando Anita vai ao casamento da irmã no interior e revê amigos e família, retorna ao quarto onde cresceu e deseja retornar à adolescência. Apesar de o desejo ser realizado, ela descobre que toda ação tem uma consequência — mesmo querendo fazer o bem.
À Vejinha, Klara Castanho, João Guilherme, Pedro Vinícius e Caio Cabral, que interpretam os amigos de Anita na fase jovem, falam sobre a produção. “Minha preparação para o papel de Carol foi a mais simples, pois era só olhar para as minhas amigas nessa fase do primeiro amor, de entender o que é gostar de alguém”, conta Klara, que vive um relacionamento complicado. “A série desenha bem os sinais do que pode se tornar abusivo, como é o caso de Carol com o namorado”.
Pedro, que vive uma personagem trans, define seu processo de criação como intenso. “Vemos César antes e depois da transição e são pessoas completamente diferentes. Tive de encontrar o balanço entre alguém que quer estar invisível e, ao mesmo tempo, quer se expressar em uma cidade pequena. Mas o que eu mais gosto na série é o fato de ela debater questões que não estavam em destaque em 2006, como feminismo, gênero e identidade. Tudo é muito sutil e honesto dentro do contexto da adolescência”.
João completa afirmando que a cereja do bolo é a nostalgia (que vai da música, com Pitty, a outras referências da cultura pop). “Além disso, nós, brasileiros, já vimos diversas produções sobre viagem no tempo, mas é uma nostalgia que não fazia parte da nossa cultura. Agora temos isso”.
Sobre a diversidade de temas vista em De Volta aos 15, Caio comemora: “Como jovem negro, sem tanta referência nas telas, é incrível olhar para o streaming e ver essa pluralidade. É lindo e é um processo pelo qual estamos passando. É importante ver esse fluxo de pessoas aumentar”.
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Publicado em VEJA São Paulo de 2 de março de 2022, edição nº 2778