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Filmes e Séries - Por Barbara Demerov

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Com 9 indicações ao Oscar, ‘Nada de Novo no Front’ tem produtor brasileiro

Daniel Dreifuss estabeleceu carreira em Los Angeles e esta já é sua segunda indicação ao prêmio; "autenticidade norteia a minha carreira", afirma

Por Barbara Demerov
17 fev 2023, 06h00
Jovens na zona de guerra
Filme de guerra alemão é produzido pelo brasileiro Daniel Dreifuss (Netflix, Reiner Bajo/Divulgação)
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Nada de Novo no Front, filme da Netflix que se passa na Alemanha da I Guerra Mundial, foi indicado a nove categorias no Oscar e figura em duas muito importantes: melhor filme e melhor filme internacional. Além da presença marcante na premiação, que acontece em 12 de março, o título traz outra honraria: um brasileiro na equipe.

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O produtor Daniel Dreifuss (que já foi indicado ao Oscar pelo filme No) fala à Vejinha sobre seu novo trabalho.

Daniel Dreifuss, de terno azul marinho, no Globo de Ouro
Daniel Dreifuss, produtor de ‘Nada de Novo no Front’ (Arquivo pessoal/divulgação/Divulgação)

O filme adapta um clássico americano de 1930. Como foi refilmar essa história que se passa na Europa agora finalmente com uma roupagem europeia?
É a primeira vez que este texto (adaptado do livro homônimo, talvez o mais importante sobre a I Guerra) acontece do ponto de vista alemão. Autenticidade norteia a minha carreira, e o fato de este filme se passar na Alemanha com a língua nativa fez muito mais sentido para todos da equipe. Foi importante. Além disso, essa não é uma “jornada de herói”. Não é igual aos filmes de guerra que costumamos ver.

Qual foi sua reação ao ver todas as indicações?
É um sonho maior do que eu poderia ter sonhado. Se entrasse na categoria de filme internacional, já seria um orgulho imenso. Mas ir além com mais oito indicações… é um presente pelo reconhecimento da indústria. Porque eles entendem a qualidade fílmica e a batalha que é levantar um projeto como esse.

Você considera o Oscar relevante hoje em dia?
É absolutamente relevante. É um enorme feito ser reconhecido por colegas, ídolos e pessoas que te influenciaram. O Oscar valida, sim, o trabalho dos profissionais. No entanto, não acho que o Oscar represente o “todo” da indústria. Há filmes maravilhosos que jamais foram indicados. Mas não é por não estarem ali que as produções não tenham brilhantismo e qualidade — às vezes, até mais do que muitos que estão indicados.

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Publicado em VEJA São Paulo de 22 de fevereiro de 2023, edição nº 2829

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