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Cultura & Lazer

Dia do Cinema Brasileiro: um papo com Clara Ramos, da Galeria Distribuidora

Com equipe 100% feminina, executiva está positiva diante do atual momento no audiovisual: "se um projeto vai bem, cria-se um ambiente favorável para todos"

Por Barbara Demerov
Atualizado em 19 jun 2023, 16h01 - Publicado em 19 jun 2023, 15h29

Paloma Bernardi em "TPM! Meu Amor" (Galeria Distribuidora/Divulgação)

Nesta segunda-feira, dia 19 de junho, comemora-se o Dia do Cinema Brasileiro. E, aproveitando o clima da data, a Vejinha bateu um papo com Clara Ramos, Diretora Geral da Galeria Distribuidora, companhia que trabalha com projetos de audiovisual em diversos formatos.

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Clara, que começou a liderar a equipe e os projetos de produções nacionais no último mês de abril, destaca que o momento atual é bem positivo para o mercado. “Estou otimista. O cinema nacional vai voltar com força a partir do segundo semestre. Vi no Show de Inverno (evento focado para a indústria cinematográfica) muita coisa interessante não só da Galeria, mas do mercado como um todo”, conta.

Clara diz que, com a pandemia, algumas obras ficaram represadas, mas agora o ritmo está voltando ao normal: “se um projeto vai bem, cria-se um ambiente favorável para todos.”

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Outro ponto de destaque em seu novo trabalho como executiva na Galeria é que sua equipe é 100% feminina. “É uma mulherada super talentosa. E o mais legal é que nossos próximos três projetos têm ‘mãe’ no título. Foi uma feliz coincidência”, comemora.

São eles: Mãe Fora da Caixa, inspirado no espetáculo de sucesso de mesmo nome estrelada por Miá Mello e dirigida por Manuh Fontes, com filmagens no segundo semestre; A Melhor Mãe do Mundo, dirigido por Anna Muylaert, que será filmado em São Paulo; e TPM! Meu Amor, longa estrelado por Paloma Bernardi, que será lançado no segundo semestre. O último projeto é uma produção Moonshot Pictures, com distribuição da Galeria.

Sobre o atual momento do audiovisual brasileiro, com a retomada do Ministério da Cultura e a criação da Lei Paulo Gustavo, Clara acredita que o mercado só irá se fortalecer. “Nos últimos meses, começamos a ver que o fundo setorial, um grande investidor, voltou a funcionar. Os editais voltando a acontecer também possibilitam um escopo amplo de viabilidade, especialmente para pessoas com seu primeiro filme. O mercado respira aliviado”, diz.

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Ela ainda aponta que está recebendo diversos roteiros, especialmente de mulheres, e aposta que a diversidade de histórias vista no cinema nacional só dará mais consistência para a indústria. Clara também promete que a Galeria continuará com o trabalho de produzir e investir, algo que nunca deixou de ser prioridade mesmo durante os anos de pandemia.