Em Barry, série com 30 indicações ao Emmy, Bill Hader está ainda mais implacável
Ator também dirige alguns dos episódios; série da HBO mantém o ritmo frenético e o humor afiado das primeiras temporadas
✪✪✪✪ A terceira temporada de Barry, série da HBO indicada a nada mais, nada menos que trinta Emmy Awards, já está sendo disponibilizada no canal e no streaming HBO Max. Protagonizada por Bill Hader (It – Capítulo Dois) — que também dirige alguns episódios —, a trama segue o personagem-título, ex-fuzileiro naval que trabalha como um matador de aluguel no Centro-Oeste dos Estados Unidos.
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A Vejinha assistiu a seis capítulos (são oito no total), que serão exibidos semanalmente, aos domingos. As duas primeiras temporadas abordaram bastante a solidão dentro desse universo sanguinolento e cruel, bem como as intenções de Barry em tentar ser alguém melhor.
Ao viajar para Los Angeles para matar uma pessoa, ele acabou encontrando uma comunidade acolhedora em um grupo de atores aspirantes e, também, um novo amor. Sally (Sarah Goldberg) é uma atriz em ascensão por quem Barry se apaixona, enquanto Gene Cosineau (Henry Winkler), seu professor de teatro, se transforma em uma espécie de figura paterna na vida do matador/ator.
Ambos os relacionamentos já estão bem estabelecidos no terceiro ano da série, mas Gene descobriu o que Barry é capaz de fazer e está preparado para se vingar do aluno misterioso. Com ritmo frenético e um humor afiado que atraiu a atenção logo de cara, a produção se mantém como uma das melhores da televisão contemporânea.
Mas há algo de sombrio que foge um pouco do que foi apresentado antes: agora, Barry precisa lutar contra fatos obscuros que podem vir a público e arruinar sua vida pessoal (assim como seus planos de atuação). Por isso, Hader demonstra mais intensidade no papel, com explosões de raiva, perseguições absurdas e escolhas que podem mudar todo o cenário.
Seu talento na direção também merece destaque, com planos-sequência e maior foco dramático. O elenco todo é um show à parte, mas Anthony Carrigan, como o atrapalhado mafioso NoHo Hank, continua dando show.
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Publicado em VEJA São Paulo de 4 de maio de 2022, edição nº 2787