Imagem Blog

Filmes e Séries - Por Barbara Demerov Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Aqui você encontra críticas, entrevistas e as principais novidades sobre o mundo do cinema e do streaming
Continua após publicidade

No ótimo ‘Bardo’, Iñárritu se inpira em Fellini e na própria vida pessoal

Longa estreia nos cinemas em 17 de novembro e, em dezembro, na Netflix

Por Barbara Demerov
Atualizado em 24 nov 2022, 14h11 - Publicado em 26 out 2022, 17h19

✪✪✪✪ Bardo, Falsa Crônica de Algumas Verdades é o filme mais pessoal de Alejandro González Iñárritu (Biutiful, O Regresso, Birdman). Trata-se da história de um jornalista e documentarista em crise, que retorna ao país natal (México) e luta contra suas próprias memórias e arrependimentos.

+Na Mostra SP, premiado ‘Boy From Heaven’ aborda religião e política

Apesar de abordar questões que o próprio diretor viveu com um tom de seriedade – Iñárritu saiu do México em 2001 com sua família rumo aos Estados Unidos –, o longa brinca com o surrealismo e o bizarro o tempo todo. O espectador está na mente do protagonista, Silverio (Daniel Giménez Cacho). Tanto que essa aventura começa, literalmente, com uma cena na perspectiva dele. Silverio está voando, se aproximando do chão e voltando para o céu repetidas vezes.

Iñárritu entra na onda da autoreflexão através do cinema e nos convida a fazer uma viagem que navega pelo ego, pela ambição e pelos sonhos de um homem comum. E, para os cinéfilos conhecedores de Federico Fellini, diretor que marcou o Neorrealismo Italiano, a referência na cena de abertura não deve passar batido. Mas não para por aí.

Continua após a publicidade

Se em Oito e Meio, clássico absoluto do diretor, temos um protagonista em crise sobre sua próxima obra, em Bardo o buraco é mais fundo: Silverio também questiona sua própria identidade mexicana. Durante as 2h40 de projeção, cenas visualmente impecáveis se fundem com o caos de uma figura intrigante, que ama sua família e, ao mesmo tempo, se sente incompreendido por eles. O mesmo pode-se dizer na área profissional.

A ótima atuação de Daniel Giménez Cacho, ao lado da criativa direção de Iñárritu, é a melhor característica de Bardo. O filme é uma mistura de momentos emocionantes, cômicos e estranhos, assim como a vida real é capaz de ser. E, nas pinceladas de absurdos que o cineasta mexicano destaca em alguns acontecimentos improváveis, reside o verdadeiro valor de sua nova obra, que conecta realidade e fantasia – e, ainda, provoca os Estados Unidos.

Bardo, Falsa Crônica de Algumas Verdades estreia nos cinemas em 17 de novembro e, em dezembro, na Netflix. Recomendo fortemente assistir ao filme na telona.

Continua após a publicidade

Publicado em VEJA São Paulo de 30 de novembro de 2022, edição nº 2817

+Assine a Vejinha a partir de 9,90. 

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Domine o fato. Confie na fonte.
10 grandes marcas em uma única assinatura digital
Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe semanalmente Veja SP* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de São Paulo

a partir de R$ 39,90/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.