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Instrutora de sereísmo fala sobre mergulhar nos próprios sonhos

Para Morganna Bocchi, é possível realizar projetos menos convencionais de maneira sustentável e exitosa

Por Morganna Bochi em depoimento a Helena Galante
24 nov 2023, 06h00

Num momento em que presenciamos um mundo tão tumultuado por problemas diários, estresse, ansiedade, objetivos inatingíveis que nós mesmos criamos — sem falar em guerras e desastres de maiores proporções —, esquecemos da nossa verdadeira essência. Os motivos pelos quais lutamos, os momentos felizes e despretensiosos, capazes de nos conectar com a energia maior que nos une, onde estão?

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Quantas vezes paramos para pensar nos nossos sonhos de criança, projetos adolescentes que nunca colocamos no papel? É possível ser feliz e realizar projetos menos convencionais de maneira sustentável e exitosa?

Sou a prova de que sim — e incentivo outros a experimentarem também. Graduada em administração de empresas e produção multimídia, aos 23 anos fui em busca de um dos meus sonhos mais abstratos e presentes desde a infância: tornar-me uma sereia profissional. O primeiro passo para a concretização de sonhos é: transformá-los em metas alcançáveis.

O sereísmo profissional existe nos Estados Unidos desde 1947 e se popularizou como um hobby a partir de 1984. Atualmente, existem diversos campeonatos e concursos do esporte, majoritariamente com praticantes adultos. O sonho, a realização interior e a conexão com a natureza estão juntos.

Resolvi buscar a realização desse sonho presente desde minha infância com incontáveis horas passadas na piscina durante os verões. O sentimento de liberdade que sentia ao conectar-me com as águas foi revolucionado no primeiro mergulho com uma cauda de sereia, tanto que já desenvolvi dezessete modelos. Utilizando uma vestimenta com nadadeira (monofin), própria para nadar com seus pés juntos, normalmente sem máscara para mergulho e nada além que o seu pulmão… o seu mundo muda!

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É preciso abrir mão do controle com a água (e com a cauda) para realizar movimentos fluidos, lentos e tranquilos. Ao imergir o rosto na água, nós, mamíferos, ativamos o chamado reflexo de mergulho onde há redução dos batimentos cardíacos e, aliado à redução do barulho da superfície, os problemas e a ansiedade desaparecem gradativamente conforme a mente entra em um estado meditativo.

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Combine isso com a graciosidade e fluidez de sentir-se como um ser místico e você terá a receita da felicidade, especialmente para aqueles que buscam paz e conexão com a água.

Em prol de proporcionar essa conexão com a água acessível para todos, busco incansavelmente desenvolver projetos que incentivem essa prática no Brasil. Como instrutora de cursos de sereísmo pela PADI (Professional Association of Diving Instructor), título esse que conquistei recentemente, acredito que a atividade proporciona o autoconhecimento, a melhora da autoestima e o empoderamento do adulto livre de preconceitos e perfis pré-estipulados pela sociedade.

Com muito trabalho, persistência e dedicação ao longo dos anos, através da Sereia Guardiã, acredito trazer a realização de sonhos a muitas pessoas que, inclusive, se descobrem pessoas melhores após imergir no sereísmo, comprometendo-se com a preservação do meio ambiente, deixando para trás tensões diárias, ansiedade e prejulgamentos.

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Convido a todos a mergulhar nesse universo mágico, escolher seu clã e descobrir que existem mais opções para ser feliz do que você poderia imaginar. Sereias existem e você também pode ser uma!

Morganna Bochi (@morgannabochi, na foto acima) é a Sereia Guardiã, modelo subaquática e instrutora profissional de sereísmo PADI. também é fundadora da marca de mesmo nome da sua personagem (@sereiaguardia), com foco em moda praia e caudas realistas.

A curadoria dos autores convidados para esta seção é feita por Helena Galante. Para sugerir um tema ou autor, escreva para hgalante@abril.com.br.

Publicado em VEJA São Paulo de 24 de novembro de 2023, edição nº 2869

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