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A Tal Felicidade

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Desta vida, só levamos o amor

Para Renata Fornari, a felicidade pode ser alcançada ao se autodescobrir e também aprendendo a se amar genuinamente

Por Renata Fornari
5 fev 2021, 03h00
Mulher meditando na posição flor de lótus
 (Tatianazaets/Getty Images)
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Sempre passei muito tempo da minha vida me fazendo basicamente quatro perguntas: de onde eu vim, para onde eu vou, o que estou fazendo aqui e o que é necessário fazer para viver uma vida feliz. durante muitos anos não conseguia entender por que, mesmo conquistando as coisas que eu tinha certeza que me fariam feliz, a tal felicidade se “transportava” para outro objetivo.

Quando completei 13 anos, minha mãe foi diagnosticada com câncer de mama. Foi nesse período que tive o primeiro contato com a filosofia da Louise Hay, mulher inspiradora que ensinou ao mundo todo, através de seus livros e palestras, uma outra percepção da vida. Naquele momento, senti como se estivesse resgatando algo que eu sempre soube, mas que estava adormecido em mim.

Um dos motivos pelos quais eu escolhi deixar uma carreira aparentemente feliz, como executiva de multinacional, para começar do mais absoluto zero a trabalhar com os ensinamentos da Louise Hay foi porque ela fazia questão de dizer que as pessoas até podem aprender a cocriar a casa, carro, relacionamento ou o que quer que elas acreditem que vá trazer felicidade para a vida delas.

Mas — e é tudo o que vem depois da vírgula que me fez tomar a decisão de largar tudo para fazer o que faço hoje —, se as pessoas não estiverem definitivamente se amando e respeitando quem elas são na essência, e não quem elas acham que os outros gostariam que elas fossem, nada disso vai trazer felicidade porque essas coisas não encontram um lugar de permanência dentro delas — no máximo trazem o sentimento de uma euforia positiva passageira.

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Quando me perguntam qual é, na minha opinião, o maior legado que Louise Hay nos deixou, eu costumo responder que ela nos trouxe basicamente dois ensinamentos preciosos: nossos pensamentos são capazes de criar a nossa realidade; e, se não nos amarmos o suficiente, nenhuma dessas realidades poderá nos trazer a verdadeira felicidade.

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Particularmente acredito que viemos a essa existência para expandir a nossa capacidade de amar. Gosto da reflexão de que, quando deixarmos esse planeta, não levaremos nosso carro, casa, sucesso profissional, conta bancária nem qualquer outro bem material que conquistamos aqui. Mas levaremos com certeza a nossa capacidade de amar.

Somos capazes de amar, incentivar e elogiar diariamente nossos filhos e pessoas que amamos. dizemos quanto são especiais, como fazem bem aquilo que fazem, como são lindos, criativos, inteligentes. Por que não fazemos isso conosco mesmos?

Se nos recusamos a amar a nós mesmos, fica muito difícil termos qualquer outro tipo de relação de amor verdadeiro pelo outro. isso acontece porque, nesses casos, geralmente eu estou inconscientemente procurando que o outro (numa relação amorosa ou não) preencha um buraco que existe dentro de mim, que é o da falta desse amor próprio. e aí, quando o outro vai embora (ou quando a casa, carro, emprego já não produzem mais a euforia inicial), eu mais uma vez me sinto infeliz.

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Quando sentimos amor, aceitação e apreço por nós mesmos, a nossa vida flui mais facilmente. fica mais fácil gerenciar nossas emoções negativas, dissolver medos, e dessa forma alcançar cada vez mais momentos de paz interior, que, assim como aprendi com Louise, é o verdadeiro sinônimo da palavra felicidade.

Renata Fornari sorrindo
(Divulgação/Divulgação)

Renata Fornari trabalhou como executiva em grandes empresas, mas decidiu, em 2017, embarcar para a Califórnia, onde se formou com mestres treinados pessoalmente pela americana Louise Hay (1926-2017). É a única formadora de facilitadores do método no Brasil

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