“Na Estrada”
Por Miguel Barbieri Jr. Diretor de “Central do Brasil”, Walter Salles ficou oito anos envolvido nesta adaptação do livro “Pé na Estrada”, de Jack Kerouac, publicado em 1957. Embora tenha acertado no jovem elenco e forrado seu filme de belas locações, Salles poucas vezes consegue transmitir o espírito libertário da geração beat, cujos expoentes foram […]
Por Miguel Barbieri Jr.
Diretor de “Central do Brasil”, Walter Salles ficou oito anos envolvido nesta adaptação do livro “Pé na Estrada”, de Jack Kerouac, publicado em 1957. Embora tenha acertado no jovem elenco e forrado seu filme de belas locações, Salles poucas vezes consegue transmitir o espírito libertário da geração beat, cujos expoentes foram Kerouac mais Neal Cassady, Allen Ginsberg e William Burroughs. Sexo e drogas, ingredientes de sobrevivência básicos dessa turma, aparecem em cena, mas raramente com a intensidade e o vigor necessários. Há também uma certa contradição no projeto. Por ser um road movie, o longa-metragem carece de sequências na estrada e as longas viagens dos personagens parecem curtas e fáceis. Kerouac assume aqui o pseudônimo de Sal Paradise (interpretado por Sam Riley, de “Control”), um aspirante a escritor na Nova York de 1947. Ao conhecer Dean Moriarty (o ótimo Garrett Hedlund, astro de “Tron — O Legado”), Sal descobre um universo escorado na bebida e nos cigarros, além de embalado pelo contagiante ritmo do jazz. Dean, que na realidade seria Neal Cassady, namora a maluquete Marylou (Kristen Stewart, da saga “Crepúsculo”). Acompanhado de Sal, o casal se embrenha de carro pelo interior dos Estados Unidos numa complexa jornada de idas e vindas. Com Kirsten Dunst, Amy Adams e Viggo Mortensen como o drogado William Burroughs.
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