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“Cada um Tem a Gêmea que Merece”

Por Miguel Barbieri Jr. Apesar de já ter encarado papéis dramáticos, como em “Embriagado de Amor” (2002), Adam Sandler é especialista em fazer a plateia rir. E seu público no Brasil vem crescendo: a comédia “Esposa de Mentirinha” (2011), penúltimo longa-metragem dele, foi o recordista em renda de sua carreira. Faturou por aqui 19 milhões […]

Por VEJASP
Atualizado em 10 set 2024, 17h18 - Publicado em 10 fev 2012, 13h57
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Por Miguel Barbieri Jr.

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”Cada um Tem a Gêmea que Merece”: Al Pacino interpreta ele mesmo no filme

Apesar de já ter encarado papéis dramáticos, como em “Embriagado de Amor” (2002), Adam Sandler é especialista em fazer a plateia rir. E seu público no Brasil vem crescendo: a comédia “Esposa de Mentirinha” (2011), penúltimo longa-metragem dele, foi o recordista em renda de sua carreira. Faturou por aqui 19 milhões de reais e conquistou 2,1 milhões de espectadores. Na correria de protagonizar um filme por ano, surgem pequenos desastres no caminho. Felizmente, “Cada um Tem a Gêmea que Merece” possui uma fórmula mais abrangente. Mostra-se uma comédia popular com piadas sofisticadas. Na trama, Sandler interpreta Jack Sadelstein, um homem casado, pai de dois filhos e dono de uma produtora de comerciais em Los Angeles. Sua próxima tarefa no emprego será árdua. Ele deve convencer o grande astro Al Pacino a estrelar uma propaganda das rosquinhas Dunkin’Donuts. Para piorar, sua irmã, Jill, vem de Nova York para passar o Dia de Ação de Graças ao lado da família. Embora gêmeos, eles não têm nada em comum. Jack sabe conciliar as vidas profissional e doméstica. Já a solteirona Jill revela-se um poço de breguice, insegurança e burrice. Sandler optou pelo mínimo de artifícios para se transformar em mulher. Caso não fosse um intérprete descolado, Jill ficaria reduzida à aparência e ao jeitão de um travesti. Como se trata de uma produção para a família, o roteiro se serve de momentos sentimentais e chega a apelar para uma grotesca cena de flatulência para agradar a crianças e adolescentes. Em troca, há deliciosos momentos, sobretudo as brincadeiras com Al Pacino, interpretando a si mesmo e completamente apaixonado pela gêmea. Como ela nem sabe quem é o ator, prefere a companhia de um jardineiro mexicano. Entre o politicamente incorreto e o escracho leve, a fita sobressai no raso cenário do humor atual e cumpre a tarefa de provocar risos com um pouco de inteligência.

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