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Edifício histórico de Oswald Bratke é transformado em complexo cultural

Com retrofit do Metro Arquitetos, o edifício Renata Sampaio Ferreira, na Vila Buarque, em São Paulo, ganha novos usos pela Planta.Inc

Por CASACOR
7 nov 2023, 10h00

O histórico edifício de Oswald Bratke na Vila Buarque, em São Paulo, foi transformado em complexo cultural, gastronômico e residencial. O Renata Sampaio Ferreira – quinto edifício com retrofit da gestora imobiliária Planta.Inc – acaba de ser entregue.

Edifício histórico de Oswald Bratke é transformado em complexo cultural
Edificio Renata Sampaio. (Marcelo Hallit/Veja SP)

Com atualizações e adaptações arquitetônicas comandadas pelo escritório Metro Arquitetos, dos sócios Martin Corullon e Gustavo Cedroni, o prédio, originalmente de uso comercial, foi transformado em um novo e vibrante complexo cujos usos incluem apartamentos para curta a longa estadia, restaurantes, bar, café e espaços de evento.

Edifício histórico de Oswald Bratke é transformado em complexo cultural
(Marcelo Hallit/Veja SP)

Instalado a cerca de 300 metros da estação de metrô República, na esquina das ruas Major Sertório e Araújo, o edifício é um valioso remanescente da arquitetura moderna paulista e do legado de um de seus grandes mestres, Oswaldo Bratke (1907-1997).

Edifício histórico de Oswald Bratke é transformado em complexo cultural
Detalhe: Edificio Renata Sampaio. (Marcelo Hallit/Veja SP)

Novo destino cultural no centro

Com a requalificação, o edifício vai contar com apartamentos e espaço para eventos – onde podem ser recebidos exposições, workshops e performances, entre outros. Os moradores usufruem ainda de áreas condominiais até então inexistentes no projeto original. Reunidos em um pavimento elevado do nível da rua, no terceiro andar, estão academia, sauna e piscina com solário e vista privilegiada para o Copan.

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Edifício histórico de Oswald Bratke é transformado em complexo cultural
(Emilia Rodrigues/Veja SP)

A partir do dia 30 de novembro o Renata vai sediar o Parador, um projeto pop-up de verão que funcionará aos fins de semana até o fim do verão (março 2024), com o propósito de dar vida aos espaços e oferecer alternativas de diversão, bem-estar e convivência. Além da piscina com solário, o Parador vai oferecer boa música com convidados como Discos Baratos e receber chefs como Janaína Rueda, Pablo Inca, entre outros, e será palco de algumas das melhores festas da cidade em um convite à convivência e um resgate ao compartilhamento de bons momentos.

Edifício histórico de Oswald Bratke é transformado em complexo cultural
(Emilia Rodrigues/Veja SP)

No térreo, integrado à rua, um novo complexo gastronômico vai oferecer, a partir de março de 2024, o café de esquina Nata, que promete um dos melhores expressos da cidade acompanhados de clássicos da boulangerie francesa e receitas típicas do café da manhã brasileiro, o bar Lágrima, inspirado nos bares de Jazz de Tokyo, com som de altíssima fidelidade e dedicado à alta coquetelaria, e a brasserie Renata Bar e Restaurante, com clássicos da culinária francesa combinados a homenagens a São Paulo contemporânea, que serão comandados pelo chef franco-brasileiro Patrick Bragatto.

Arquitetura do edifício

 

O edifício leva a assinatura do arquiteto moderno paulista Oswaldo Bratke (1907-1997), companheiro de profissão de nomes como Rino Levi, Gregori Warchavchik e Jacques Pilon. Seu conjunto de obra é marcado por uma forte produção residencial, com destaque para a residência no Morumbi do casal Maria Luisa e Oscar Americano (1952), que atualmente sedia a Fundação Oscar Americano, e os edifícios Jaçatuba (1942) e ABC (1949), também situados na Vila Buarque.

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Junto a cartões-postais como o Copan e o antigo Hilton Hotel, o Renata Sampaio Ferreira integra um grupo de seis edificações tombadas em 2012 pelo CONPRESP da chamada “São Paulo Moderna”, conjunto urbano de grande valor histórico e arquitetônico no centro da cidade.

Edifício histórico de Oswald Bratke é transformado em complexo cultural
Edificio Renata Sampaio. (Gabriel Cabral/Veja SP)

O prédio data de meados da década de 1950 e apresenta soluções construtivas inovadoras quando comparadas a obras anteriores de Bratke, a exemplo da predominância do concreto aparente, do programa distribuído em dois grandes volumes e do uso expressivo dos cobogós do piso ao teto, marcadamente empregados pelas fachadas da construção. Os elementos vazados, que tão bem definem a identidade projetual do edifício, permaneceram preservados no projeto arquitetônico a cargo do Metro Arquitetos. A experiência multidisciplinar e de longa data do time de profissionais inclui intervenções urbanas como o Ocupa Rua (2020) – de criação de áreas de convivência para pessoas em vagas de estacionamento –, no centro da cidade, e obras de requalificação como o novo anexo do MASP, atualmente em desenvolvimento em um edifício de 14 andares na Av. Paulista.

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No Renata, o escritório propôs uma nova e complexa distribuição de usos, a começar pela torre originalmente concebida para lajes de escritórios. Dedicada a moradias de curta ou longa estadia, a radical reconfiguração dos espaços concebeu cinco tipologias de plantas, totalizando 93 unidades de 25 m2 a 284 m2.  Uma importante melhoria adotada pelo retrofit foi a instalação de caixilhos recuados das fachadas com cobogós, resultando em um espaço intermediário avarandado, ensolarado e multifuncional para os residentes.

Edifício histórico de Oswald Bratke é transformado em complexo cultural
Edificio Renata Sampaio. (Gabriel Cabral/Veja SP)

“O retrofit é um instrumento transformador nas cidades pois oferece uma segunda chance a construções muitas vezes subutilizadas e desatualizadas, mas de grande valor histórico e patrimonial. Com raízes na história, identidade e pluralidade da Vila Buarque, o Renata Sampaio Ferreira agora retorna à vida pulsante do bairro como um endereço de trocas e de experiências entre novos moradores, hóspedes e frequentadores do centro”, explica Guil Blanche, fundador e CEO da Planta.Inc.

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