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Cultura & Lazer

Conheça o trabalho de Fabiano Senk, paulistano com raízes mineiras

O artista detalha seu processo de criação, inspirado pela história da própria família

Por Tatiane de Assis SEGUIR SEGUINDO
Atualizado em 10 abr 2020, 06h00 - Publicado em 10 abr 2020, 06h00

Viagem em Busca da Lua (2019); de Fabiano Senk (Fabiano Senk/Divulgação)

As raízes do artista Fabiano Senk, de 28 anos, vão além de São Mateus, bairro da Zona Leste onde ele nasceu e vive. “Meus avós, tios e primos foram garimpeiros no Vale do Jequitinhonha, que fica no norte de Minas Gerais e tem um dos maiores rios do estado”, relembra o paulistano. Em uma viagem para a região, em 2016, ele teve um clique. “Meu trabalho refletia a multiplicidade de referências que eu tinha em São Paulo. Naquele momento, vi que meu caminho era outro. Decidi olhar para minha família”, aponta.

A morte do avô, em 2017, intensificou o processo. Na parede da casa em que o ancião viveu, Senk pintou um de seus personagens e deixou a mensagem: “De peito aberto liberto meu coração, me sinto mais livre e feliz por inteiro. Levo comigo meu pedaço de terra, onde nasci, cresci e vivi momentos tão felizes que o tempo me recorda onde estava minha real felicidade”.

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O êxodo do pai, aos 14 anos, com destino a São Paulo, também o fez transbordar na pintura lúdica Viagem em Busca da Lua (2019). A saga pelo metal precioso foi relembrada e questionada na tela Grades Naturais (2020), com um personagem menino-gaiola, que tem na cabeça o brilho reluzente do metal que inebria e também encarcera.

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