Unidade da churrascaria número 1 da capital despede-se de São Paulo
Premiado 17 vezes pelo guia COMER & BEBER, Rubaiyat perde um de seus endereços mais concorridos. São os últimos dias para saborear ótimas carnes por lá
A churrascaria número 1 de São Paulo despede-se da cidade. Com os dias contados, a unidade da Alameda Santos da premiadíssima Rubaiyat serve a última refeição no almoço de 1º de janeiro de 2019. Ou seja, este é o último mês para saborear carnes nobres na casa do Paraíso. Logo depois de fechar as portas, o imóvel no qual está instalada será posto abaixo para dar lugar a um hotel de onze andares, ainda sem bandeira definida.
O restaurante, com entrada totalmente independente, deverá ocupar o mesmo ponto, mas com uma configuração diferente. Em vez do vasto ambiente para 280 comensais dos dias atuais, a Rubaiyat do futuro será mais compacta e distribuída em dois pavimentos. “Haverá um mezanino só para eventos com capacidade para até 100 pessoas”, adianta o restaurateur Belarmino Iglesias Filho, primogênito do fundador, o espanhol Belarmino Iglesias, morto no ano passado aos 85 anos. “O salão terá 400 metros quadrados e outros 200 metros quadrados de terraços, com um total de cinquenta mesas na parte térrea”, descreve.
Embora a inauguração do hotel esteja planejada para ocorrer até agosto de 2023, a Rubaiyat deverá ficar pronta antes. “Nosso investimento está estimado em 5 milhões de reais”, calcula o empresário. Até que ela volte a funcionar como previsto, em janeiro de 2021, o menu ficará à disposição no endereço da avenida Brigadeiro Faria Lima, 2954 (☎ 3165-8888), no Itaim, onde se concentrará a oferta de cortes como o master beef (142 reais), uma peça de contrafilé com osso que é uma das maiores atrações da casa, inaugurada em 1957 na Avenida Vieira de Carvalho, quando a via, que liga a Praça da República ao Largo do Arouche, era uma das mais charmosas da cidade e reunia restaurantes de várias especialidades.
Esse ponto pioneiro no centro funcionou até 1998 e encerrou as atividades asfixiado pela decadência da região. Campeã quando o assunto é carne, a Rubaiyat, que adotou o nome de Baby Beef Rubaiyat entre 1974 e 2016, recebeu dezessete vezes o título de melhor de sua categoria em 22 anos de história do guia VEJA COMER & BEBER, o último deles em setembro passado. Difusora do conceito “da fazenda ao prato”, a churrascaria, hoje com lojas internacionais em Madri, Santiago e Cidade do México, sempre investiu no desenvolvimento de novos cortes.
Ao longo dos anos foram surgindo pedidas como o levíssimo (114 reais), extraído do centro do baby beef, livre de gordura e marinado durante 24 horas em chimichurri fresco, o queen beef (253 reais), peça de 750 gramas de contrafilé de novilha precoce entremeada de gordura quem vem sobre grelha metálica com farofa de farinha de mandioca, batata suflê e cristais de sal, e a volta do tribone, variação do t-bone, lançado originalmente em 2000, mas sem o sucesso de hoje.
Oferecida somente no Itaim, trata-se de uma peça com três ossos que separam o filé do contrafilé e com peso médio 1,5 quilo. Antes de ir à grelha por doze minutos e ser servida ao cliente, ela requer um estágio de cinco a seis horas em forno brando. Chega à mesa na companhia de molho de ervas, batata suflê e farofa crocante. Satisfaz com folga três paladares e sai por 392 reais. Depois de 1º de janeiro, será preciso aguardar pelo menos dois anos, se não houver atrasos, para saborear carnes nobres na atualizada versão da Rubaiyat Paraíso.
Valeu pela visita! Volte sempre e deixe seu comentário. Aproveite para curtir minha página no Facebook e minhas postagens no Instagram. As novidades quentes aparecem também no meu Twitter.