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Blog do Lorençato

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O editor-executivo Arnaldo Lorençato é crítico de restaurantes há mais de 30 anos. De 1992 para cá, fez mais de 16 000 avaliações. Também comanda o Cozinha do Lorençato, um programa de entrevistas e receitas no YouTube. O jornalista é professor-doutor e leciona na Universidade Presbiteriana Mackenzie
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Restaurante Paris 6 fecha uma de suas principais unidades

Criador do concorrido bistrô com pratos que levam nomes de artistas diz ter perdido uma fortuna

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Atualizado em 13 jul 2018, 19h28 - Publicado em 13 jul 2018, 12h30
O restaurateur paulistano: "volto a controlar a operação no Brasil" (Mario Rodrigues/Veja SP)
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Vivendo entre Miami e São Paulo, o empresário Isaac Azar, criador do Paris 6, viu chegar ao fim o sonho expansionista de manter o bistrô na cidade americana favorita de muitos brasileiros. Com funcionamento interrompido em maio pelos atuais controladores, o restaurateur decidiu por um ponto final definitivo na filial que mantinha nos Estados Unidos desde o fim de 2016. “Miami é uma ilusão. Perdi 4 milhões de dólares”, contou em conversa que tivemos por telefone. “Volto para o Brasil em duas semanas e vou assumir a operação nacional”. Ele adianta que passará a trabalhar com franquias como a que existe em Brasília. “Essa unidade faz um tremendo sucesso comercial”, enfatizou. A seguir, leia os principais trechos da entrevista:

Miami, a favorita dos brasileiros Estados Unidos

Volto para o Brasil em duas semanas e vou assumir toda a operação nacional. Não valia a pena fica em Miami, onde o resultado foi muito abaixo do esperado. Essa cidade não dá lucro. É uma ilusão. Perde-se muito dinheiro aqui. Um bilionário que investir na cidade vai ficar milionário em pouco tempo, porque não há retorno. A gente perdeu fácil, fácil 4 milhões de dólares. Os atuais franqueadores da loja de Miami fecharam em maio e prometeram reabrir depois de uma reforma. E nada. Pensei em reabrir eu mesmo. Mas desisti.

Outras experiencias made in Brazil que não deram certo no Estados Unidos

Não foi só Paris 6 que não deu certo. O Coco Bambu vai muito mal aqui [rede pratos de frutos do mar capitaneada pelo empresário cearense Afranio Barreira]. O Madero [cadeia de restaurantes e lanchonetes do chef paranaense Junior Durski] também. Os restaurantes que fazem sucesso no Brasil não emplacaram aqui. E não é só em Miami. O Ivo [Abrahão Nesralla], do Tavares, não deu certo na Califórnia e está voltando para São Paulo (leia nota exclusiva que dei no blog sobre a inauguração do Tavares americano).

Paris 6 Grand Gateau VEJA COMER & BEBER Campinas
Um dos sucesso da rede de bistrôs: grand gâteau à paloma bernardi (Divulgação/Veja SP)

Outras unidades críticas

Fechei o Paris 6 de Porto Alegre e não pretendo ficar com a casa de Belo Horizonte, que não dá prejuízo, mas não produz resultados. Nesse caso, transformarei BH em franquia, para que tenha uma administração mais presente.

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Novos modelos de negócio

A partir de agora, teremos sistema de franquias do Paris 6 e quero chegar a mais capitais e cidades maiores. Nesse novo formato de negócio, a próxima é Goiânia, que deve abrir em 60, no máximo, em 90 dias. Você se lembra do Azaït, meu restaurante especializado em azeites, que ficava na [Rua] Peixoto Gomide? Estou pensando em ressurgir com ele.

Sucesso nas redes sociais

Estou muito feliz. O Paris 6 bateu 1 milhão de seguidores no Instagram e é o único restaurante com esse número no Brasil. Admiro a steak house Nusr-et. Você conhece? [Não, nunca fui]. O cara faz um trabalho incrível e tem mais de 14 milhões de seguidores [são 14,6 milhões até hoje, 13 de julho].

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