Os irmãos Vicente e Andrea Di Cunto compram pastifício premiado
O projeto é ampliar o negócio de massas artesanais com a abertura de duas lojas neste ano, uma delas em fase de finalização em Moema
Descendentes de uma das mais tradicionais famílias da gastronomia paulistana, os irmãos Vicente Di Cunto, de 50 anos, e Andrea Di Cunto, 54, tiveram uma ligação rápida com a tradicional casa da Mooca, que leva o sobrenome da dupla e funciona como confeitaria, padaria e restaurante. “Trabalhei lá uns dois anos. Fiz o início da informatização nesse período”, conta Vicente, administrador de empresas formado pela Fundação Getúlio Vargas, que também aprendeu a fazer sorvetes. Como o pai deles, Roberto Di Cunto, se desligou do negócio em 1996. A culinária profissional tinha virado passado para os irmãos e o pai.
“Embora tenha sido presidente de uma empresa de tecnologia, a gastronomia nunca saiu de mim, nem da minha irmã”, garante Vicente. A oportunidade de voltar ao ramo surgiu com a compra do premiado Pastifício Primo, criado pelo uruguaio Ivan Bornes, que se mudou para o Canadá, o que vinha afetando um pouco a qualidade da rede. “Era cliente e me apaixonei pelo conceito da Primo”, explica.
Desde meados do ano passado, Vicente e Andrea deram início a uma negociação por indicação do contador deles, que também era da Primo. Depois de um longo namoro, finalmente bateram o martelo em janeiro e fizeram a aquisição de três lojas próprias (Pinheiros, Perdizes e Jardins), além de passarem a administrar quatro franquias, uma aqui mesmo na capital (Chácara Santo Antônio), no interior do estado (Sorocaba), em Minas Gerais (Belo Horizonte) e a sétima no Ceará (Fortaleza).
A nova gestão promete inaugurar mais uma loja própria, a de número quatro na capital. “Esta deve abrir as portas até 16 de março”, prevê Vicente sobre a filial que está montada no número 1139 da Alameda Jurupis, em Moema. “Até o fim do ano, queremos ter mais uma loja própria, que pode ser em Higienópolis ou na Vila Mariana.”
Com a aquisição e a montagem dos espaços, o empresário calcula que o investimento ao longo de 2020 será de 5 milhões de reais. O valor destina-se também a melhorias na operação e nas unidades já existentes. Quanto ao sistema de franquias, a proposta de reformulação é ter operações num raio de no máximo 500 quilômetros a partir da capital. “Assim, conseguimos mandar nossos produtos aos franqueados”, explica.
Como o Primo está completando uma década, os novos donos encomendaram à chef Dadis Villas Boas um cardápio comemorativo com três entradas, três massas, um segundo prato e uma sobremesa, que colocam Itália e Brasil na mesma receita.
Confira o menu de 10 anos:
Entradas
Caponata de pimentas brasileiras (R$ 8,99/100 gramas)
Insalata de maxixe, pêssego e cumaru (R$ 9,99/100 gramas)
Involtini de amendoim e taioba (R$ 7,49/100 gramas)
Massas
Superravioloni de mussarela com geleia de pimenta-de-cheiro e castanha-do-pará (R$ 7,99/100 gramas)
Mezzaluna de cogumelos, tucupi preto e alho negro (R$ 11,99/100 gramas)
Sacottini de rabada ao vinho tinto com cremoso de milho (R$ 8,99/100 gramas)
Carne
Scaloppine di maiale (lombo suíno assado na cajuína; R$ 14,99/100 gramas)
Acompanhamentos
Purê de milho (R$ 4,99/100 gramas)
Farofa de cacau (R$ 7,49/100 gramas)
Sobremesa
Torta musse brasil (base de castanha-de-caju com recheio de creme de rapadura cobertura de chocolate meio amargo; R$ 7,99/100 gramas)
Pelo prometido, as transformações programadas pelos irmãos Di Cunto estão só começando. Agora, é aguardar as novas unidades.
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