Meu último almoço no Dolce Villa
Tem data marcada para acabar. Depois de dezesseis anos e meio, o Dolce Villa serve a última refeição em 6 de setembro e fecha as portas definitivamente no dia seguinte. “Não foi uma decisão fácil, porque o restaurante é uma paixão. Mas estava na hora de acabar”, diz Lindinha Sayon, chef e dona do endereço contemporâneo […]
Tem data marcada para acabar. Depois de dezesseis anos e meio, o Dolce Villa serve a última refeição em 6 de setembro e fecha as portas definitivamente no dia seguinte. “Não foi uma decisão fácil, porque o restaurante é uma paixão. Mas estava na hora de acabar”, diz Lindinha Sayon, chef e dona do endereço contemporâneo que sempre namorou a culinária italiana.
Ao longo desses anos, fiz deliciosas refeições no Dolce Villa. Algumas realmente memoráveis. Lembro-me de um espaguete com frutos do mar saboreado numa tarde encalorada de sábado e que sempre tive vontade de repetir. O melhor dessa casa de salão agradável e ótimo para um encontro a dois, era o padrão de qualidade de seus ingredientes e a regularidade com que as receitas eram preparadas pela equipe de Lindinha.
Minha última refeição foi no almoço do dia 20 de junho. Estava na companhia de Taciana Azevedo, responsável pela checagem de restaurantes, bares e comidinhas de VEJA SÃO PAULO. Provamos o couvert, que vem em suporte metálico na forma de uma torre com uma baguete quentinha ao centro e copinhos com patês e manteiga. Pedimos primeiro a berinjela à napolitana, feita de camadas do vegetal entremeadas de fatias de mussarela de búfala mais molho de tomate espesso. De prato principal, Taciana preferiu a versão da casquinha de siri. Em vez de ser colocada em conchas, chega como uma espécie de suflê sobre leite de coco ao lado de nhoque à romana. Fiquei com o peito de pato malpassado ao molho de amora guarnecido de risoto de rúcula e mussarela de búfala. A torta morna de pera com amêndoa e um toque de cachaça na companhia de sorvete de chocolate meio amargo foi nossa escolha para a sobremesa. Da pequena carta de vinhos, pedi o espanhol tinto Marqués de Tomares Excellence, de preço atraente.
Sei que não voltarei ao Dolce Villa. Quem passar pelo salão, terá chance ainda de provar esses ou outros pratos. Também poderá comprar qualquer uma das peças do restaurante. Das torres metálicas que sustentam o couvert às mesas com tampo de mosaico, passando pela adega climatizada, tudo está à venda.
Veja os pratos provados:
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