Gilberto Geronimo Oller, o Peninha
Agradável restaurante de almoços – e agora estreante em jantares à la carte –, o Pitanga não pertence mais a Gilberto Geronimo Oller, mais conhecido como Peninha. Alma da cozinha, o chef-restaurateur passou o ponto em junho. A casa pertence ao também chef Rodrigo Tambelli e outros dois sócios. + As modificações no Pitanga você […]
Agradável restaurante de almoços – e agora estreante em jantares à la carte –, o Pitanga não pertence mais a Gilberto Geronimo Oller, mais conhecido como Peninha. Alma da cozinha, o chef-restaurateur passou o ponto em junho. A casa pertence ao também chef Rodrigo Tambelli e outros dois sócios.
+ As modificações no Pitanga você confere aqui
Essa mudança é uma boa oportunidade para contar a trajetória de Oller, que não pode ser mais saborosa. Teve início não em solo nacional, mas nos Estados Unidos. “Fui ajudante de uma famosa cozinheira, a dona Remi (Remi Vila Real), que preparava as refeições do ex-presidente Juscelino e, depois, foi para Los Angeles acompanhando o músico Sérgio Mendes em 1971. Ela ficou três meses com ele e saiu para trabalhar para a família Jackson. Mais tarde tornou-se a tal cozinheira brasileira de Michael Jackson”, diz.
Sérgio Mendes tinha o restaurante Brazilian Bossa, na Vine Street, e Oller trabalhou um ano com ele. Ao voltar a São Paulo em 1973, o neocozinheiro conta ter se empregado no Hotel Maksoud Plaza, que vivia um período de glórias gastronômicas. Foi um dos chef de partie (responsável pela montagem dos pratos) do saudoso Vikings, especializado em culinária nórdica.
Depois, ele passou por outros restaurantes como Spazio Pirandello e chegou ao cinema. Fez o catering para a equipe americana que veio filmar, em Ubatuba, O Peixe Assassino (Killer Fish, 1979). Preparou pratos para Lee Majors (o Homem de Seis Milhões de Dólares, lembra-se do Cyborg?), Karen Black e Marisa Berenson.
Montou, mais tarde, uma loja especializada em congelados (uma novidade na década de 1980) numa parceria com produtor de cinema Enzo Barone, hoje dono do Shundi & Tomodachi. Daí, foi um pulo para Peninha se tornar produtor de alimentos em filmes publicitários.
Oller montou o Pitanga cartoze anos atrás como uma atividade paralela à carreira no cinema. “Sempre cuidei de toda a programação culinária e ajudava os cozinheiros a criar novos pratos”, explica.
Agora, Peninha se dedicará integralmente à produção de fotos e filmes para a publicidade. Pergunto se resistirá a ideia de voltar a ser dono de restaurante. “Quem sabe depois de um período sabático, eu volte com um bistrô”, revela.