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Mulher oferece serviços de “vovó de aluguel”

Moradora da Grande SP passou a ganhar renda extra com serviço inusitado

Por Guilherme Queiroz
Atualizado em 14 fev 2020, 15h52 - Publicado em 29 out 2019, 15h28
A "vovó de aluguel": Valéria Leite Bueno, de Diadema, Grande SP (Arquivo pessoal/Veja SP)
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Aos 52 anos, Valéria Leite Bueno utiliza sua afeição por crianças para ganhar uma renda extra. Moradora de Diadema, ela passou a oferecer o serviço de “vovó de aluguel” nas suas horas vagas.

A experiência com os quinze sobrinhos e os dois filhos, segundo ela, são “currículo” suficiente para provar sua aptidão para o trabalho. Tudo começou há cerca de três meses, quando ela conheceu o site Oito. O portal funciona de forma similar a aplicativos como o GetNinjas, por exemplo, em que pode-se contratar prestadores de serviços variados, como encanadores, técnicos de informática, cozinheiros etc., para trabalhos pontuais. No site, existe uma aba “ajudinha”, que conta com serviços inusitados, como “goleiro de aluguel”, “gamer” e “vovó de aluguel”.

Valéria conheceu a plataforma por meio de um amigo, que oferece ali seus serviços de pintor. “Minha primeira chamada foi com uma mãe que ganhou nenê”, lembra.

“Cuidei do primeiro banho, ela não sabia direito amamentar, tinha medo até de segurar o bebê!”, lembra. Depois de contatá-la pelo site, em que Valéria coloca telefones de pessoas que a recomendam pelo cuidado com as crianças, as mãe passam a contratá-la diretamente.

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Durante a semana ela trabalha em um restaurante em Diadema das 6h às 14h, e no restante do dia, oferece o serviço. “Também deixam o recém-nascido comigo para irem em aniversários, festas”, diz. Mas as chamadas giram normalmente em torno das mamães de primeira viagem.

Além de cuidar da criança, Valéria diz que tenta ajudar na auto-estima das mães, que muitas vezes encontram-se desanimadas depois do parto. “Tento levantar também a moral delas, que estão recém-operadas, falar que são bonitas, é muito comum depressão depois do nascimento, muitas noto que estão meio tristinhas”, relata.

A aba “ajudinha” do site foi ideia dos investidores do portal. “Nós definimos as categorias e também aceitamos sugestões. Só aceitamos autônomos, não empresas”, explica Karine Gonzaga.

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A Oito é responsável apenas pela mediação do contato, a forma de pagamento é definida entre o cliente e o prestador. E quanto custa a ajuda da “vovó”? “Cobro de 200 a 250 reais, por períodos de 4 a 5 horas”, explica Valéria, que ganhou apoio dos filhos na nova empreitada. “Vivo falando que quero ter netos! Eles falaram que agora fico cuidando do bebê dos outros e esqueço um pouco disso (risos)”.

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