Emicida dá dicas de baladas que tocam vinil na cidade
Conheça os lugares preferidos do rapper conhecido pelas rimas improvisadas (freestyle) e sua paixão pelos 'bolachões'
O rapper paulistano Emicida – ou Leandro Roque de Oliveira, 24 anos – ganhou fama ao vencer batalhas de freestyle (rimas improvisadas). No ano passado, deixou de lado os duelos de rap para lançar seu CD de estreia, “Pra Quem Já Mordeu um Cachorro por Comida, Até que Eu Cheguei Longe”, que já vendeu mais de 10 000 cópias. Defensor dos vinis, ele explica o motivo de preferir LPs para os seus shows e sugere baladas que ainda tocam os “bolachões”.
Quais baladas da cidade você frequenta que tocam vinil?
Todas as de rap. Também gosto da Hole Club, do projeto ‘Sintonia’, na DJ Club, e do ‘Clube do Vinil’, no Berlin.
Por que você prefere tocar vinil?
Não tenho ouvido para dizer se há realmente uma diferença profunda na sonoridade, mas eu prefiro vinil. Tenho a impressão de ser melhor o som, gosto até dos ruídos e do lance físico de voltar uma faixa na mão. O vinil também traz uma arte grande no encarte e, como eu curto prestar atenção nas capas, isso é muito importante. Além disso, tem toda a relação de carinho que você desenvolve com a sua coleção. Quem coleciona entende.
O vinil voltou à moda, mas já não é a forma mais acessível de ouvir música, já que um toca-discos bom custa caro. Você acredita que o vinil voltará a ser popular?
Acho que vai seguir restrito, ele voltou à moda no circuito hype e, entre os DJs, nunca morreu. O rap toca vinil desde sempre e a música eletrônica em geral também. Vários DJS usam, existe uma quantidade de empresas trazendo essa mídia de volta, mas não é pela música, e sim por essa sensação de que já vimos tudo e precisamos revisitar algumas coisas. As grandes lojas colocam vinil pra vender, mas se você procurar lá um toca-disco, não vai encontrar. Eles querem que as pessoas tenham o gosto de comprar um vinil, não o interesse em ouvi-lo. É como comprar uma revista que você não vai ler, mas que vale a pena porque tem um artista que você curte na capa. Mas claro que, obviamente, há casos e casos.
Onde você costuma comprar seus vinis?
Em sebos, sempre.
Quais os últimos vinis que comprou? Quais recomenda?
Recomendo Ray Bryant Trio, que eu ouço com certa frequência. Também tem um disco do Wilsom das Neves com a Elza Soares que é muito bom. Os últimos que comprei foram da Maria Bethânia, para interar minha coleção. Comprei tudo no sebo, baratinho…
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