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Vereador Fernando Holiday quer revogar o Dia da Consciência Negra

Ele também quer propor o fim das cotas raciais em concursos públicos municipais da capital

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 5 jan 2017, 15h53 - Publicado em 5 jan 2017, 14h10
Fernando Holiday na ocasião da cerimônia de posse de João Dória (Renato S. Cerqueira/Futura Press/Estadão Conteúdo)
Fernando Holiday na ocasião da cerimônia de posse de João Doria (Renato S. Cerqueira/Futura Press/Estadão Conteúdo) (Renato S. Cerqueira/Futura Press/Veja SP)

No terceiro dia como vereador de São Paulo, Fernando Holiday (DEM), de 20 anos, disse que vai apresentar uma proposta para revogar o Dia da Consciência Negra, data celebrada em 20 de novembro. Em entrevista à TV Câmara nesta quarta (4), o jovem afirmou ainda que vai propor o fim das cotas raciais em concursos públicos municipais da capital.

Após ter sido eleito com pouco mais de 48 000 votos, Holiday voltou a reforçar bandeiras de sua campanha. Muitas delas foram apresentadas na internet, onde o ativista do Movimento Brasil Livre (MBL) ganhou destaque.

Em novembro do ano passado, o jovem publicou em uma rede social que é “um absurdo” existir uma data como o Dia da Consciência Negra, que “homenageie um homem assassino escravagista”. O dia 20 de novembro foi escolhido como homenagem à morte de Zumbi dos Palmares, líder do Quilombo dos Palmares, assassinado neste dia.

“Vou ter propostas de várias frentes, algumas delas mais polêmicas, como propor o fim das cotas raciais em concursos públicos municipais em São Paulo. É um debate que há muito tempo venho encampando, contrário às cotas porque acredito que elas reforçam o machismo ao invés de ajudar os negros. Vou propor a mudança da justificativa do Dia da Consciência Negra, que é um feriado complicado, que muitas vezes por atrapalhar esse combate (contra o racismo)”, explicou Holiday na TV Câmara.

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O vereador disse também que vai apresentar propostas para revogar todo tipo de legislação ou burocracia que atrapalhe o microempreendedor e o microempresário da periferia, “que hoje sofre com uma série de papeladas e processos burocráticos para montar seu próprio negócio ou contratar alguma pessoa”.

Outra ideia defendida pelo parlamentar é a proibição de homenagens em sessões solenes a ditadores e genocidas “ou qualquer personagem ou fato histórico que tenha atentado contra os direitos humanos e a liberdade em algum momento da história.”

“Já protestei na Câmara contra uma homenagem que fizeram a Fidel Castro em uma sessão solene que teve. Pretendo trazer essa experiência e esse idealismo para dentro da Câmara, uma casa legislativa que é a casa do povo, para que respeite as liberdades também quando for homenagear alguém”, afirmou. Na entrevista, Holiday não citou outras personalidades que poderiam ter homenagens barradas.

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